O governo e os novos donos privados da TAP voltaram a reunir esta quinta-feira para discutir a intenção do executivo de recuperar o controlo acionista da transportadora.
O Observador sabe que desta vez já houve propostas concretas em cima da mesa para discussão, embora não tenha sido possível confirmar o teor das mesmas. Na reunião participaram David Neeleman e Humberto Pedrosa, os acionistas donos da Gateway que comprou 61% do capital da TAP. Do lado do Executivo, estiveram o ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Marques, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins.
Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas refere apenas que o governo considera que esta segunda reunião decorreu de forma “muito positiva”, sem avançar mais detalhes.
Nas últimas declarações públicas, Neeleman e Pedrosa manifestaram a sua indisponibilidade para abrir mão do controlo acionista da TAP. Esta postura motivou uma reação pública dura por parte do primeiro-ministro. A partir de Bruxelas, António Costa elevou a voz e disse que o Estado iria retomar o controlo da companhia, mesmo sem acordo com os privados. O governante manifestou-se contudo confiante de que seria possível chegar a um entendimento com os acionistas privados.
A operação de venda da TAP foi concluída nos últimos dias do anterior executivo, mas ainda falta a luz verde final do regulador ANAC aos termos em que foi concretizado o negócio, sobretudo no que toca ao controlo por parte do investidor português para cumprir as regras europeias.