O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou esta quinta-feira que vai designar o próximo diretor-geral “até ao início de março” e Christine Lagarde, que deverá recandidatar-se, pode contar com apoios importantes.
As candidaturas devem ser apresentadas a partir de hoje e até 10 de fevereiro e o Conselho de Administração do Fundo, que representa os 188 Estados-membros, espera fazer a escolha final “até 03 de março” numa base de “consenso”, indicou a instituição em comunicado.
Lagarde, que foi nomeada em julho de 2011 para um mandato de cinco anos à frente do FMI, já afirmou que está “aberta” à ideia de disputar num novo mandato, depois de ter sucedido a Dominique Strauss-Kahn, envolvido num escândalo sexual.
O secretário do Tesouro norte-americano, Jak Lew, afirmou hoje em entrevista ao canal de televisão CNBC que “tem grande estima” por Lagarde.
“Penso que fez um excelente trabalho e espero poder continuar a trabalhar com ela”, afirmou em Davos.
Questionado sobre se vai apoiar a sua candidatura, indicou: “há muita gente que deve pronunciar-se ainda, estou apenas a dar a minha opinião e vou ficar por aqui”.
O ministro das Finanças britânico, George Osborne, referiu que “gostaria muito de apoiar Lagarde para um novo mandato à frente do FMI” e elogiou a “visão e sagacidade” da atual diretora-geral do Fundo.
A Alemanha também manifestou apoio a Lagarde pela voz do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, que elogiou a sua atuação “num momento difícil após a crise financeira”, considerando que “deu um contributo essencial para a boa reputação do FMI”.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, à margem do Fórum Económico de Davos, deu igualmente apoio a Lagarde.
“Tudo o que posso dizer hoje é que as autoridades francesas apoiam e têm grande confiança em Christine Lagarde”, declarou Valls aos jornalistas.
Em dezembro, um tribunal francês decidiu que Lagarde deveria responder na justiça pelo seu papel no caso que envolveu o Crédit Lyonnais e o empresário Bernard Tapie, quando era ministra da Economia em França, mas a diretora-geral do FMI recorreu da decisão.