Começou esta segunda-feira, em Tenerife, a oitava Security Analyst Summit (SAS) organizada pela Kaspersky, multinacional de segurança fundada em 1997, em Moscovo. Trata-se do encontro anual da empresa de software, que reúne nesta edição cerca de 340 participantes, entre funcionários e parceiros convidados. Aliás, a SAS é um encontro exclusivo, onde só se chega por convite. É aqui que se encontram os programadores e executivos da empresa que estão espalhados pelo mundo, num palco de reunião e convívio.

Ao longo de dois dias, a conferência soma 60 palestras e debates, uma agenda recheada de figuras importantes relacionadas com a segurança informática. As discussões centram-se sobretudo no setor industrial, onde se trava uma autêntica guerra entre grupos bem estruturados de piratas informáticos, empresas de segurança e organizações estatais. Além da espionagem industrial, o setor bancário está a ser alvo de novas e elaboradas estratégias de ataque. Ao longo destas sessões serão reveladas algumas das últimas descobertas da Kaspersky, que abordaremos no Observador em breve.

O SAS é uma reunião técnica, com uma linguagem por vezes difícil (própria do meio) mas com criatividade e em ambiente descontraído. A forte componente social vê-se não só nos jantares animados (que começaram logo no dia anterior à conferência) mas também no palco, onde é tradição os oradores beberem um shot no final da apresentação. Este ano a bebida escolhida foi o whisky, o moderador de cada painel é quem brinda com os vários oradores e por isso, quem mais bebe. Pela hora de almoço já levam caminho, mas as quantidades são pequenas e só contribuem para a boa disposição.

A Security Analyst Summit 2016 é a que recebe mais convidados e também, pela primeira vez, este ano foram organizadas sessões de treino técnico para desenvolvimento de competências. Os destinatários são pequenos grupos de 15/20 participantes, as formações duram entre dois e quatro dias e os preços podem chegar aos 4 mil dólares por pessoa (alojamento e refeições incluídas).

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As sessões gerais baseiam-se, sobretudo, na apresentação de casos práticos. O foco são as técnicas de espionagem e contra-espionagem, tema que serve de cenário para o jogo de figurinos, gente mascarada de detetives e criminosos, afinal estamos na semana do Carnaval.

Tudo está organizado ao pormenor para receber as três centenas de participantes que chegam de todo o mundo. A língua oficial é o inglês mas só por conveniência, já que o russo domina o som ambiente das conversas. Tudo o resto é festa. Os ciber detetives não são geeks mal-humorados, pelo contrário. Nos intervalos a música rock ouve-se alta e no final do dia há batalhas e desafios (técnicos) com direito a prémios. O utilizador mais ativo na aplicação móvel desenvolvida para este evento ganha um iPad. E um tiro de whisky, seguramente.

Pode seguir as coordenadas do evento no Twitter através da etiqueta #TheSAS2016.

O Observador viajou a Tenerife a convite da Kaspersky