O museu do antigo campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau anunciou hoje o lançamento de uma aplicação para corrigir a expressão “campo polaco”, usada frequentemente pelos ‘media’ estrangeiros para designar campos de morte instalados pelos nazis na Polónia ocupada.

O corretor “Remember”, que pode ser descarregado em http://correctmistakes.auschwitz.org a partir da página digital do museu, procura num texto expressões como “campos de morte polacos” ou “campos de concentração polacos” e propõe uma fórmula historicamente correta.

De acordo com um comunicado do museu, este corretor é compatível com os editores de texto e sistemas informáticos mais difundidos, em 16 versões linguísticas. O número de línguas deve ser alargado em breve.

Esta iniciativa surge um dia depois do anúncio pelo governo conservador polaco da proposta de introdução de uma pena – de até cinco anos de prisão – pela utilização daquelas expressões. Nos últimos anos, Varsóvia pede sistematicamente a retificação destas expressões.

O projeto prevê a pena pela “atribuição pública, ignorando os factos, à República da Polónia ou à nação polaca de ter sido corresponsável” pelos crimes do III Reich.

Cerca de 1,1 milhões de pessoas, incluindo um milhão de judeus, foram assassinadas pelos nazis no campo de Auschwitz-Birkenau entre 1940 e 1945. As restantes vítimas foram sobretudo polacos não-judeus, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos.

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