A mãe de 37 anos que se terá lançado com as duas filhas ao Tejo está acusada de dois crimes de homicídio qualificado. Fica em prisão preventiva depois de ter sido ouvida durante duas horas e meia pelo juiz do tribunal de Cascais. Aguardará assim na prisão — ainda não conhecida — pelo restante desenvolvimento do processo.

Segundo o comunicado do tribunal, “os autos indiciam a prática de dois crimes de homicídio qualificado”, muito embora o corpo da segunda menor não ter sido ainda encontrado.

O juiz considerou que as hipóteses da bebé estar viva não se colocam, “porque já passaram dois dias, estamos no inverno, o tempo é frio e as condição do mar estão alteradas”. Daí que além do homicídio qualificado da filha de 18 meses, cujo corpo foi encontrado logo no primeiro dia, lhe tenham sido apontados ainda indícios do segundo homicídio.

O alerta para o desaparecimento das duas crianças — de 19 meses e de 4 anos – foi dado por uma testemunha que viu uma mulher sair da água, em pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.

A criança de 19 meses foi resgatada e alvo de tentativa de reanimação, sem sucesso, enquanto a irmã continua desaparecida.

A mulher tinha apresentado na PSP, em novembro, queixa contra o marido por abuso sexual das duas filhas. Mas, segundo informação do DN, médicos do Hospital Amadora-Sintra não detetaram qualquer indício de abuso sexual à criança de quatro anos que se encontra desaparecida no mar perto de Caxias desde segunda-feira.

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