Carlos Cruz, detido no processo Casa Pia, foi ouvido por um juiz de execução de penas sobre o pedido de liberdade condicional e decisão deverá ser conhecida em março, disse à Lusa o seu advogado.

Ricardo Sá Fernandes adiantou que a decisão do Tribunal de Execução de Penas (TEP) sobre o pedido de liberdade condicional do ex-apresentador de televisão deverá ser conhecida “dentro de duas semanas a um mês”.

Condenado a seis anos de prisão, Carlos Cruz avançou com um pedido de liberdade condicional, quando já completou dois terços da pena a que foi condenado.

Carlos Cruz havia cumprido, em dezembro de 2014, metade da pena (três dos seis anos), depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter alterado, em recurso, a pena inicial de sete anos de prisão a que tinha sido condenado na primeira instância, fixando-a em seis anos, por três crimes de abuso sexual de menores.

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O ex-apresentador de televisão, a cumprir pena no Estabelecimento Prisional da Carregueira, concelho de Sintra, teve direito a uma saída precária, em dezembro passado, para passar o Natal em casa.

“Eu não me continuo a declarar, eu estou inocente, é um facto, é um facto.(…) Não vivo de crenças, mas vivo muito de esperança e acredito fundamentalmente que a esperança mexe às vezes com o remorso, e portanto quem tiver remorsos talvez me dê a esperança”, afirmou Carlos Cruz aos jornalistas à saída da prisão em dezembro.

Foram ainda condenados no processo Casa Pia, relacionado com abusos sexuais de alunos e ex-alunos da instituição, o antigo motorista casapiano Carlos Silvino (15 anos de prisão), o médico Ferreira Dinis (sete anos de prisão), Manuel Abrantes (cinco anos e nove meses) e Jorge Ritto (seis anos e oito meses).