Os centristas são contra uma nacionalização do Novo Banco, como proposta pelo PCP ou pelo ex-presidente do banco Vítor Bento, e são até contra que se fale nessa possibilidade. Aos jornalistas, João Almeida diz que “admitir essa hipótese é desde logo admitir uma hipótese de falhanço” e que falar admitir essa possibilidade é até “desvalorizar o valor de possível venda do banco”.

O dirigente centrista reagia às declarações desta manhã do secretário-nacional do PS, João Galamba, que no Fórum da TSF admitiu discutir a hipótese de nacionalização do Novo Banco, como hipótese de último recurso. Ora para João Almeida, se é mau pensar em nacionalizar, não é menos mau falar nessa ideia: “Se eu admitisse neste momento que era possível até essa altura que não aparecesse uma proposta, estaria a desvalorizar o valor de possível venda do banco. É um erro. Temos de ter muito cuidado quando fazemos declarações em termos públicos”, defendeu. Sobretudo, acrescentou, porque é preciso “ter cuidado com as nossas declarações” senão “é mais difícil vender o banco”, além de que o Governo “está a reduzir a margem de manobra”.

O CDS defende uma venda “na melhor altura possível” e nem quer comentar o cenário de não haver propostas em cima da mesa até porque “enquanto PSD e CDS estiveram no governo nunca admitiram e entendem que o PS não deve admitir”. “A prioridade de qualquer governo deve ser recuperar esse dinheiro dos contribuintes. Para nós o caminho não é o de nacionalizar o que significaria desde logo perder tudo o que até este momento o Estado emprestou ao Novo Banco. É exatamente o contrário, é conseguir criar condições para a venda para recuperar o dinheiro dos contribuintes portugueses”.

Independentemente do que acontecer, os centristas serão sempre contra a privatização: “A nacionalização significará sempre o pior dos cenários”, afirmou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR