“Temos que estar abertos a novas formas de concorrência e temos que ter consciência de que não é por decreto que elas são anuladas”, disse Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, no final da audição sobre o Orçamento do Estado que durou seis horas e meia sobre a Uber e o protesto dos taxistas.

Apesar de não ser a sua tutela direta, face às perguntas dos jornalistas, o ministro aceitou comentar a manifestação de taxistas no aeroporto da Portela desta quarta-feira.

Manuel Caldeira Cabral considerou também que devemos ter uma “concorrência equilibrada” no setor dos táxis e do transporte de passageiros. O ministro da Economia reforçou que, tal como noutros setores, também neste é preciso “regulação que garanta que não há evasão fiscal nem desigualdade na concorrência”. No entanto, o ministro ressalvou que a regulação não deve impedir novos tipos de serviços ou “que impeça que serviços inovadores possam entrar em Portugal”.

“Não estamos cá para travar a iniciativa privada, nem proteger interesses corporativos, mas também não estamos para ver concorrência desleal ou concorrência que use novas formas para a evasão fiscal”, disse Manuel Caldeira Cabral sobre a polémica em torno da Uber.

O ministro não concretizou qualquer medida para o setor mas admitiu, no entanto, que os requisitos legais para a atividade têm de ser “iguais para todos os intervenientes”.

Esta quarta-feira, centenas de táxis bloquearam uma parte dos acessos ao aeroporto como forma de protesto contra os serviços da Uber.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR