A discussão entre o PS e Paulo Rangel está a subir de tom. A polémica começou quando António Costa, no debate do Orçamento do Estado da passada segunda-feira, acusou o eurodeputado de falar em Bruxelas contra os interesses de Portugal e lutar a favor do chumbo do orçamento.

Paulo Rangel não gostou das palavras que lhe foram dirigidas e esta quarta-feira usou o seu espaço de opinião no jornal Público para responder ao primeiro-ministro. “Não tolero, não admito e não recebo nem lições nem remoques de António Costa”, escreveu o eurodeputado, recordando que a discussão sobre Portugal no Parlamento Europeu começou por iniciativa de uma eurodeputada socialista. As palavras foram duras e começaram logo no título, “Ai custa, custa, Dr. Costa!”.

Título com título se paga e esta quinta-feira, Ascenso Simões dedicou, por sua vez, um título ao eurodeputado, no limite do insulto pessoal: “Rangel — Uma Cabeça Doente”. Assim começa o seu artigo de opinião no jornal oficial do PS, Ação Socialista.

“Há limites que nos devemos impor na defesa do país”, escreve o ex-diretor de campanha de António Costa. Limites que considera que Paulo Rangel ultrapassou quando esqueceu que os “agentes políticos têm obrigações”, em especial “na defesa das nossas instituições perante entidades externas”.

Mas Ascenso Simões não se fica pelas observações acerca dos deveres do eurodeputado e tece considerações sobre a linha de pensamento de Rangel, que considera “‘fascista’, por vezes doente”. E continua, escrevendo que “já não é a primeira vez que Rangel se afirma pela diatribe” e “quando se estica”, “vai para além da decência” e “consagra auditório”.

“Rangel é um deputado da direita radical, um insuportável agente que deixa mal Portugal”, conclui Ascenso Simões no final da crónica.

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