O primeiro-ministro, António Costa, prometeu esta quarta-feira uma execução orçamental de forma “a diminuir riscos e a reforçar a confiança”, depois de afirmar estar ciente da mensagem do Conselho das Finanças Públicas.

No final do terceiro encontro com o Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de o Conselho das Finanças Públicas ter considerado hoje que a redução do défice este ano assenta na melhoria económica e alertado para “riscos significativos” de tal não se concretizar.

“Estamos confiantes neste Orçamento do Estado e, tal como dissemos à Comissão Europeia, dizemos também ao Conselho das Finanças Públicas: estamos bem cientes da sua mensagem e atuaremos na execução do orçamento de forma a diminuir riscos e a reforçar a confiança”, assegurou.

O primeiro-ministro foi ainda interrogado sobre a posição que o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, assumiu na segunda-feira, em entrevista à SIC, quando ironizou que, se a estratégia do Governo resultar, defenderá o voto no PS, BE e PCP.

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António Costa devolveu a ironia: [vi] “com imensa satisfação. Não esperava esse apoio, mas fico a aguardar por ele”.

Sobre o Orçamento do Estado para 2016, o governante reiterou a confiança no documento, considerando que “tem todas as condições para uma boa execução e alcançar um bom resultado” e rejeitando um constante “exercício de suposições”.

“Como já teve ocasião de dizer o senhor ministro das Finanças, tudo faremos para alcançar as metas previstas, e é assim que iremos gerir este orçamento”, reiterou.

Sobre se o orçamento esteve em cima da mesa do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa admitiu que foi acertado “o calendário que está previsto de apreciação na Assembleia da República, conclusão dos trabalhos e a forma como o Presidente da República eleito pensa apreciar e promulgar o orçamento”.

O primeiro-ministro antecipou ainda que serão mantidas as “audiências normais” com o Presidente da República à quinta-feira, sendo já a próxima com Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que este toma posse na quarta-feira.