Paula Teixeira da Cruz admitiu à revista Sábado que a sua casa foi invadida e que acordou com golpes nos braços. Noutro episódio, num jantar de amigos, teve um laser apontado à cabeça. Recusou mais segurança, não quis mostrar receio. Na entrevista publicada esta quinta-feira, a ex-ministra da Justiça fala ainda no seu mandato, Angola e Cavaco Silva.

Em maio de 2013, a Polícia Judiciária foi chamada a casa de Teixeira da Cruz, depois de esta ter acordado com golpes nos braços. A ex-ministra refuta a tese de automutilação: “O corte mais profundo foi no braço esquerdo e eu sou canhota. Isso foi algo que o agressor não teve em conta ao planear aquilo”, disse à Sábado. Quanto ao laser, diz apenas não fazer ideia se se trataria de brincadeira ou recado.

Ao longo das nove páginas, pode ler-se sobre o seu amor a Angola e o orgulho na forma como atuou à frente do Ministério da Justiça. Desvalorizou o crash do sistema informático da justiça (Citius), pois não era “técnica informática” e porque lhe garantiram que estava tudo em condições.

Teixeira da Cruz revelou ainda ter herdado no ministério uma dívida de 50 milhões e que fechou apenas 11 dos 49 tribunais que estavam previstos ser encerrados no memorando da troika. Sobre Cavaco Silva diz ter muita admiração pelo seu sentido de Estado. “Discretamente, foi muito importante para a estabilidade do país. (…) Sai injustiçado, mas a história fará justiça.”

A revista Sábado menciona ainda outros dois casos, que têm como protagonistas um rato morto enviado por correio e balas cravadas na porta de casa da filha. O Observador ainda procura confirmar estes factos.

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