O dia de Marcelo Rebelo de Sousa começou com uma sessão de cumprimentos aos funcionários da secretaria-geral da Presidência da República que incluiu alertas para a “imensa responsabilidade” de quem trabalha em Belém. O novo chefe de Estado sublinhou mesmo, perante todos o que ali trabalham, que “tudo o que é feito na Presidência da República acaba por ser responsabilidade do Presidente da República”.

Na curta intervenção que fez no Palácio de Belém, Marcelo colocou peso no “controlo público”, que “aumentou nos últimos tempos. Tudo o que fizermos está sujeito a controlo público”. Como nunca, frisou o novo chefe de Estado insistindo que este ponto é hoje “mais difícil do que há 30 anos”: “Tudo o que fazemos, tudo o que gastamos”. O Presidente da República foi elencando as responsabilidades para dizer aos funcionários de Belém muito diretamente “que esta é uma matéria para a qual e necessária a vossa responsabilidade” e que é preciso “ter noção da posição” ocupada.

“Tudo o que é feito na Presidência da República acaba por ser responsabilidade do Presidente da República”, disse Marcelo que assume não haver sequer desculpas: “Por muito que ele diga que não soube, que não sabe que é uma matéria burocrática e financeira”. E acaba mesmo por comparar a sua responsabilidade à de um ministro, chamando a Belém “uma espécie de Ministério do Presidente da República”.

Antes disso, o novo inquilino de Belém tinha acabado de recordar a velocidade de resposta exigida nos temos que correm: “Tive experiência política nos anos 70, 80 e 90 e hoje não tem comparação”. “A resposta é exigida em tempo real”, alertou também o Presidente que se descreveu aos seus colaboradores os próximos anos como “um otimista”.

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