É uma marca portuguesa e caminha com certeza. Chama-se ASPORTUGESAS, foi criada pela Ecochic e pela Amorim Cork Ventures e produz chinelos de cortiça com um conceito eco-friendly que pretende cuidar do estilo de quem as usa sem descurar o ambiente. Um género de produto “sem sentimentos de culpa para o consumidor”, “trendy, versátil, descomprometido e sofisticado”, como explica o responsável pela marca, Pedro Abrantes.
Ao todo são 11 os modelos de “portuguesas”, para homens e mulheres. Com a cortiça como base, há chinelos coloridos, outros com bolas, com formas geométricas, simples e também com cores neutras.
![as portuguesas chinelos cortiça](http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/04/06192242/as-portuguesas-chinelos-cortica.jpg)
Uma das combinações possíveis.
Com uma tira mais ergonómica e uma maior resistência na ligação tira-sola, ASPORTUGUESAS resolvem um dos principais problemas dos tradicionais chinelos de enfiar no dedo: uma maior aderência em pisos molhados. Sem deslizes, portanto, utilizar a cortiça como matéria-prima faz destas chinelas o calçado perfeito para pisar as praias de norte a sul do país e até para andar pela cidade.
A ideia surgiu de um sonho antigo de Pedro Abrantes: criar uma marca de calçado com um produto — a cortiça — que já era seu conhecido e que considera estar em fase de graça, com uma “maior perceção, por parte do mercado, do seu valor premium e aspiracional”. A fazer acontecer este sonho esteve a Amorim Cork Ventures, pertencente ao grupo Amorim e única incubadora do mundo que se dedica exclusivamente a negócios em torno da cortiça.
![as portuguesas amarelo](http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/04/06193920/as-portuguesas-amarelo.jpg)
Como se lê na tira, estas chinelas não são havaianas, são portuguesas.
“Mesmo sem especial esforço de comunicação fora de Portugal, ASPORTUGUESAS foram alvo de interesse e aquisição em diferentes países, dentro e fora da Europa”, dizem os responsáveis, provando que estes chinelos podem ainda agora ter chegado mas já têm pernas para andar.
Jovens empreendedores: reinventem o uso da cortiça
Desde que foi lançada, a Amorim Cork Ventures já recebeu mais de 190 propostas criativas, tendo apoiado 17 projetos, dos quais resultaram três startups: a Ecochic, responsável pel’ ASPORTUGUESAS, outra dedicada à decoração e uma terceira destinada à injeção de compósitos de cortiça e polímeros. Há ainda outras duas startups que estão prestes a ser constituídas.
Criada pela Corticeira Amorim em 2014, o objetivo da Amorim Cork Ventures é apoiar projetos inovadores que trabalhem a cortiça e que se apresentem como competitivos no mercado global. Ou seja, reinventar e propor novas abordagens à cortiça. Para o fazer, a incubadora transfere know-how das equipas residentes da Corticeira, cria ligação à rede de parceiros já existente, dá suporte ao negócio e investe financeiramente para que os empreendedores desenvolvam o negócio proposto.
A convicção da empresa é a de que existem atualmente condições para conquistar empreendedores e novos territórios para a cortiça, já que há “um conhecimento muito mais vasto em torno das características [do material], noção de que a sociedade tem de evoluir no sentido de uma economia verde, e conhecimento, por parte do mercado, do seu valor”, explica Joana Martins, do grupo Amorim.
![asportuguesas_sola](http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/04/06194158/asportuguesas_sola.jpg)
A sola dos chinelos é inteiramente feita de cortiça.
Onde andam ASPORTUGUESAS?
Neste momento os chinelos podem ser comprados na loja online da marca, com valores que vão dos 26,90€ aos 39,90€. Para já ASPORTUGUESAS não vão ter lojas físicas próprias mas, para além da venda online, em breve podem também ser adquiridas em lojas multimarca.
Para além disso, no futuro a marca pretende desenvolver novos produtos e coleções que se enquadrem no mesmo espírito: fazer jus ao que é português, e sempre com muito estilo.
Nome: ASPORTUGUESAS
Data: 2016
Pontos de Venda: Loja online
Preços: 26,90€-39,90€
100% português é uma rubrica dedicada a marcas nacionais que achamos que tem de conhecer.