O presidente do Governo Regional da Madeira disse neste domingo, em Machico, que o apoio do PSD na Assembleia da República é “fundamental” para a região autónoma e assegurou que não tem medo enfrentar “seja quem for” em sua defesa.
“A Região Autónoma da Madeira não anda de braço estendido a pedir seja o que for. Nós só reivindicamos aquilo que são os nossos direitos e esses direitos são inegociáveis, quer no quadro da Assembleia da República, quer na União Europeia, quer em qualquer lado”, afirmou Miguel Albuquerque no encerramento do XXI Congresso da Juventude Social Democrata (JSD) da Madeira, que decorreu na cidade de Machico, zona leste da ilha, onde Carlos André Alves foi eleito novo líder.
O presidente do executivo, que é também líder do PSD regional, assegurou que o partido não tem medo de enfrentar “seja quem for” para defender a região autónoma e, dirigindo-se à estrutura nacional, lembrou que esta é a única região do país que tem um governo social-democrata.
“Por conseguinte, é fundamental que o nosso partido na Assembleia da República nos ajude a concretizar os objetivos que pretendemos”, declarou, num discurso onde também indicou o próximo grande objetivo do PSD/Madeira: vencer as eleições autárquicas de 2017.
“No tempo oportuno e sem precipitações, vamos apresentar candidatos credíveis, candidatos vencedores a todas as autarquias da Região Autónoma da Madeira”, declarou Miguel Albuquerque, considerando que atualmente os cidadãos que vivem nos concelhos “desgovernados” pela oposição apenas contam com “conversa fiada, promessas e vitimização”.
Nas eleições autárquicas de 2013, o PSD perdeu em sete municípios, num total de 11 que até então eram governados por sociais-democratas.
O novo líder da JSD/Madeira, Carlos André Alves, encabeçava a Lista A, que venceu a Lista B, presidida por Carolina Silva, com dois votos de diferença: 134 contra 132, num universo de 306 eleitores, em que votaram 266. “Hoje começamos a lutar a uma só voz pela juventude”, declarou o novo líder, apelando à participação de todos no sentido de manter a ‘Jota’ “unida, coesa e forte”, bem como “mais livre, mais transparente e mais ativa”.
Carlos André Alves sublinhou que a JSD/Madeira estará na “linha da frente”, a trabalhar por “mais e melhores condições” ao nível da educação, saúde, emprego e a criação de condições para a permanência dos jovens na região, bem como dando atenção especial ao turismo, a cultura, o património, o ambiente e o desporto.
“Tal só será possível se continuarmos a ter a social-democracia enquanto resposta eleitoral, se continuarmos juntos em todos os órgãos de poder da região, trabalhando por criar melhores condições e lutando por melhor autonomia”, afirmou.
Entretanto, o líder do PSD/Madeira lembrou que “não há lugar para “comportamentos antidemocráticos” na organização, realçando “no nosso partido não existem inimigos”.
Miguel Albuquerque vincou que o PSD regional precisa a “irreverência” da JSD no sentido de estimular constantemente a renovação.
“Pobres dos partidos que não se abrem às mudanças e que não efetuam as mudanças necessárias”, disse, sublinhando que “no nosso partido, enquanto eu estiver à frente, podem ter a certeza isso não vai acontecer”.