Se fizéssemos um inquérito sobre o que mais procuram as mulheres, em termos de beleza, muito provavelmente a tez perfeita iria estar em primeiro lugar. É por isso que a indústria da maquilhagem de rosto continua, todos os anos, a investir em novas descobertas, novas texturas e novas fórmulas que consigam uma pele lisa, mate e sem imperfeições. Mas mesmo que compre os melhores produtos, grande parte do resultado final vai depender de si.

Como? Simples. Basta uma pergunta para perceber que, se calhar, tem andado a fazer tudo mal. Como é que aplica a base? Em movimentos circulares pelo rosto, como se aplicasse um creme hidratante? Este é o erro número um que grande parte das mulheres comete. Junior Cedeño, maquilhador da marca Dior em Espanha, disse ao jornal El Mundo que este é o legado do efeito “máscara” que ainda se vê em tantas mulheres quando, hoje em dia, o que se procura é parecer que não se está maquilhada. É a “maquilhagem da não maquilhagem” que parece simples mas, na verdade, dá ainda mais trabalho. Tem dúvidas? Nós respondemos.

Como escolher o tom da base

Uma pele bonita é meio caminho andado para uma boa maquilhagem e isso só se consegue com uma base que corresponda ao seu tom de pele. Testá-la no pulso ou na mão é um erro, porque a pele do rosto nunca tem a mesma cor que a pele do braço. O ideal será conseguir um tom o mais aproximado possível do seu rosto e pescoço, pelo que o teste deve ser sempre feito na zona do maxilar ou bochecha porque é uma zona intermediária entre a testa e o pescoço e consegue-se perceber o que mais se vai aproximar do seu tom de pele. Como saber que encontrou o tom certo? É aquele que, ao ser espalhado, desaparece. Ou seja, fundiu-se com a própria cor da pele.

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Como escolher a textura da base

As fórmulas estão cada vez mais evoluídas para se conseguir um acabamento quase impercetível. Daí que é quase impossível que, nos dias de hoje, uma mulher não encontre uma base que seja perfeita para si.

  • As peles acneicas devem usar bases livres de substâncias irritantes e que cubram as imperfeições;
  • As peles oleosas, bases com acabamento mate e fórmulas “oil-free”;
  • As peles baças e sem brilho, bases com ingredientes hidratantes e refletores de luz;
  • As peles secas, bases hidratantes;
  • E as peles normais e mistas, o tipo de pele mais comum, as bases “oil free” à base de água porque se vão adaptar perfeitamente à famosa “zona T” com oleosidade e ao resto do rosto mais seco. Veja algumas sugestões:
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Qual a quantidade de base a usar

Esqueça a ideia de que quanto mais base usar, mais vai tapar as imperfeições. Não, não, não. A regra é básica: menos é mais. Se procura esconder imperfeições, o ideal será usar uma base de alta cobertura (ou mesmo um corretor) e não três camadas de uma outra qualquer. Porque quanto mais base aplicar, mais vincadas vão ficar as imperfeições. Marina Muñoz da equipa da Kiko espanhola, disse ao El Mundo que “para esconder rugas, quanto mais leve for a base, melhor. E nas zonas onde estão marcadas as linhas, a camada de base deve ser ainda mais subtil”.

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A base deve ser aplicada com um pincel ou uma esponja, porque melhora a precisão, o acabamento e a duração, em movimentos curtos e rápidos. Foto: Nicky J Sims/Getty Images

Como aplicar a base

Junior Cedeño explica ao El Mundo que gosta de misturar duas gotas de primer com uma gota de base na parte de trás da mão para criar uma textura leve o suficiente para cobrir as imperfeições sem dar a sensação de pele carregada. Mas, porque no dia-a-dia não temos um maquilhador para nos deixar bonitas, o ideal será usar um pincel ou uma esponja, porque melhora a precisão, o acabamento e a duração, em movimentos curtos e rápidos. Se o que gosta é de um resultado natural, pode aplicar mesmo com os dedos, em pequenos toques nas imperfeições. Como norma, jamais deve cobrir todo o rosto com base — é exatamente essa ideia errada que dá o efeito de máscara. A forma certa: Deve-se partir da zona central do rosto (olheiras, narinas e sulcos nasogeníanos) e estender-se até às têmporas, testa e mandíbulas — sem acrescentar mais base. O objetivo é mesmo que fique um efeito de desvanecimento para parecer natural. Veja algumas sugestões de acessórios corretos para aplicar base:

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Como retocar ao longo do dia

A não ser que se desmaquilhe na hora de almoço e se volte a maquilhar, aplicar uma nova camada de base sobre os restos da primeira não é a solução e vai acabar por ficar às manchas. Os pós matificantes servem exatamente para isso, independentemente de serem soltos ou compactos. A chave é serem transparentes para não sobrecarregarem a pele. Uma dica: se tem zonas onde a base já saiu, normalmente ao redor da boca, passe um lenço para remover a oleosidade e pode então aplicar, com pequenos toques, um pouco de corretor ou novamente a base e, no fim, matificar com um pó. Veja algumas sugestões salva-vidas (ou salva-peles) em SOS:

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Como fazer “strobing”, “baking” ou “contouring”

Já falámos várias vezes sobre estas modas que não são novas, porque os maquilhadoras profissionais já usam estes truques há anos, mas que se tornaram virais graças a celebridades como Kim Kardashian. E se tem dúvidas de que vieram para ficar, várias marcas já lançaram linhas completas com produtos só para isso, seja para o strobing ou para o contouring. Seguir as técnicas exatas com que vemos as celebridades no Instagram não é realista e o resultado vai parecer, provavelmente, um desenho animado (ou uma Barbie). A melhor forma de conseguir criar todos estes relevos no seu rosto é, além de usar produtos certos (iluminadores, corretores, pós e compactos), aplicar uma técnica muito simples: a técnica do 3, ou seja, desenhar um 3 no seu rosto com pó bronzeador que vai desde a testa, até metade da bochecha e termina na mandíbula. E no centro do rosto (testa, ponta do nariz e queixo), iluminar. Simples. Veja algumas sugestões para criar relevos no seu rosto:

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