A polémica que envolve a Uber e o seu mais recente concorrente Cabify está cada vez mais acesa, com a Autoridade de Mobilidade e Transportes (AMT) a entregar esta quarta-feira um parecer ao Governo sobre a ilegalidade de atuação destas empresas de transporte. Agora foi a vez de o assunto chegar ao Parlamento, com o PS a avançar com um requerimento para ouvir não só os reguladores, desde a AMT à Anacom e ainda ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes, mas também as câmaras municipais de Lisboa e Porto.

“O surgimento em Portugal da Uber, nestes últimos anos, e recentemente um segundo operador, trouxe para a discussão pública o tema das condições do transporte coletivo de passageiros, quem está habilitado a fazê-lo, as condições legais e de licenciamento a que o mesmo está sujeito, entre muitos outros aspetos”, lê-se no requerimento que deu entrada esta quarta-feira na Assembleia da República.

Lembrando que a Uber “ganhou expressão nas cidades de Lisboa e do Porto, e continua a operar, pese embora as sentenças que existem sobre a ilegalidade da sua operação em Portugal”, os deputados do PS querem ouvir em sede de comissão representantes destas duas autarquias, de Lisboa e do Porto. Além disso querem também marcar audições com os reguladores, IMT, AMT e Anacom.

Os deputados socialistas sublinham que “o Governo está a tentar implementar um plano para que o setor dos táxis possa modernizar-se”, mas dizem que é preciso fazer mais. Nomeadamente “identificar as condições de operacionalização a que está sujeito o serviço de táxi e tentar aferir da possibilidade de serem reduzidos custos de contexto da sua operação”.

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