Panca
Avenida do Parque, 595 (Parque da Cidade). Quarta a domingo a partir das 12h e até ao sol se pôr
Quem nunca ouviu falar deste espaço não anda distraído. O Panca abriu no sábado passado e é a primeira cevicheria do Porto, ainda que em regime pop-up, apenas para o verão. O chef brasileiro Ruy Leão, da Shiko Tasca Japonesa, e o chef chileno Camilo Jaña, que já conhecemos do Cafeína e da Casa Vasco, por exemplo, são os responsáveis por esta espécie de “piquenique”, explica Camilo Jaña ao Observador. Isto porque o negócio vai funcionar numa tenda, montada ao lado do Soundwich.
Há 5 ceviches diferentes para provar, dois de Ruy Leão, mais latinos, e dois de Camilo Jaña, de inspiração peruana. Depois há sempre uma receita diferente do dia. Quatro deles levam o famoso leite de tigre, que é a base do tempero do ceviche peruano. São pratos principais, não entradas, com preços a partir dos 7,50€.
Flow
Rua da Conceição, 63 (Baixa). 22 205 4016. Segunda das 20h às 00h. Terça a sexta das 12h30 às 15h e das 20h às 00h00. Sábado das 13h às 15h30 e das 20h às 00h
Até há bem pouco tempo, o ceviche do Flow era de peixe branco e camarão. Até que o chef descobriu que o de atum seria “muito melhor”. É esse o prato que está agora na carta, explica um dos sócios, Ricardo Graça Moura. Feito com leite de tigre, leva depois lombo de atum em citrinos, coentros, salsa e alho, óleo de sésamo, milho e puré de palmito. Custa 12€, com direito a nachos tostados. Se der para fazer a refeição no pátio, tanto melhor.
Frida
Rua Adolfo Casais Monteiro, 135 (junto à Maternidade Júlio Dinis). 22 606 2286. Aberto todos os dias das 20h às 00h
O ceviche é uma receita peruana mas no Porto também se come no melhor restaurante mexicano da cidade: o Frida Lá encontram-se três receitas diferentes, todas acompanhadas por tostadas de milho, para fazer jus à gastronomia local.
O Tradicional (9,50€) é feito com robalo, abacate, pimento e cebola roxa, e marinado em lima. O Vampiro Tropical (9,50€) também tem robalo cozinhado em lima, desta vez acompanhado por manga. O molho é feito com pó de tajin (chili), clamato, chamoy e flor de Jamaica. Por fim, o Aguachile de camarón (10,50€), que é marinado em chili e em lima, com camarão em cama de fatias finas de pepino e cebola roxa, culmina num sabor fresco e picante ao mesmo tempo.
Sushihana & The Gin House
Rua Galeria Paris, 92 (Baixa). 223 252 616. Segunda-feira das 20h às 23h. De terça a sábado das 12h30 às 15h00 e das 20h às 23h (23h30 à sexta e ao sábado)
Quando o Sushihana decidiu abrir um segundo espaço no Porto, no final de 2014, resolveu adicionar também alguns pratos ao menu. Um deles foi o ceviche, um prato que, neste caso, leva salmão, peixe branco, atum, camarão e polvo, tomate cherry, um toque de picante, molho pesto e limão. “Os restantes ingredientes são segredo da casa”, diz ao Observador o sócio-gerente Filipe Vareta. Custa 9,50€ e a casa aconselha a que se acompanhe com um Gin Mare aromatizado de limão e alecrim.
Góshò
Avenida da Boavista 1277. 22 608 6708. Segunda a quinta, e domingo, das 12h30 às 15h e das 19h30 às 23h (sexta e sábado encerra às 00h).
No menu do Góshò, o ceviche vem na secção de saladas. Isto porque é uma salada de peixes com caviar de malagueta. Como assim? Isso mesmo: o chef Guilherme Oliveira largou a cozinha por breves momentos para nos explicar melhor o que esperar. “É feito com peixe fresco, de preferência robalo, dourada, salmão e atum. Peixe azul não costumo usar, como carapau ou cavala”. Depois, é preciso cortar o peixe em cubos e pô-lo a marinar em sumo de lima. Adicionam-se mais tarde alguns picantes de origem japonesa, um molho cítrico à base de soja e serve-se com cubos de pepino doce, algas, ovas de salmão, fios de malagueta seca por cima e cebolo. É obra. E custa 10€.
Casa Vasco
Rua do Padrão, 52 (Foz). 22 618 0602. Segunda a domingo das 12h às 02h
O nome Vasco Mourão soa familiar? Esta Casa Vasco é dele, assim como os famosos Cafeína e Terra (o Portarossa também). Aberta desde 2014, lá está o Dom Ceviche Peruano no menu, com mão de um chef, Camilo Jaña, que vem de um país da vizinhança, o Chile. Costumava ser servido num copo de sobremesa, mas agora a receita de garoupa, salmão e gambas chega à mesa num prato. Custa 6,50€ e o importante é que tenha peixe fresco do dia, pelo que os ingredientes podem ir mudando. Durante o verão há também um ceviche do dia. O tempo pode não querer colaborar, mas Camilo Jaña promete que o sabor do dia começa a ser servido a partir da próxima semana.
A Cevicheria
R. Dom Pedro V, 129 (Príncipe Real) Lisboa. 21 803 8815. Todos os dias, das 12h30 à 00h
A ascenção do ceviche por estas bandas deve-se, em boa parte, ao espaço aberto por Kiko Martins no final de 2014. E mesmo hoje, depois de meia Lisboa introduzir a receita peruana nos seus menus, A Cevicheria continua a ser um dos destinos onde esta é melhor tratada, principalmente quando acompanhada pelo cocktail-especialidade da casa, o igualmente peruano pisco sour. E tanto assim é, que é local frequente de romarias: diga-se que não aceitam reservas, pelo que é aconselhável chegar cedo, tarde, ou rezar a todos os santinhos por uma mesa disponível.
Em fevereiro último introduziram-se algumas novidades na carta. O ceviche misto (polvo, camarão, peixe branco, puré de Castanhas, algas e leite de tigre, 12,40€) foi uma delas. Já o de atum (11,60€) teve direito a uma nova roupagem, com foie gras, líchias, avelãs e leite de tigre com beterraba. E o de salmão (10,70€) também não escapou ao lifting da praxe: leva agora tapioca, puré de feijão, edamame, amendoins e leite de tigre com coco. Tudo isto sempre com o olhar atento do polvo Cevi, cujos tentáculos se estendem ao longo do teto da casa.
Waka Cevicheria
Rua Alexandre Herculano, 96, (Cascais). 21 486 4100. Todos os dias, das 12h30 ás 15h30 e das 19h às 00h (sextas e sábados encerra às 02h)
É uma das novidades do final de 2015, início de 2016. A Waka abriu em Cascais e não foi por acaso: partilha gerência com a Confraria, o restaurante de sushi mais conhecido da vila, que tem, diga-se, uma sucursal em Lisboa, a Confraria LX. Ora tendo em conta o peixe fresco que lhe corre nos genes não é de estranhar que a matéria-prima seja de qualidade. Há vários tipos de ceviche disponíveis que tanto podem ser pedidos individualmente como num trio de taças, com doses mais pequenas. Para completar há petiscos diversos: uns mais peruanos — como as causitas — outros menos, caso das várias peças de sushi disponíveis.
El Clandestino
Rua da Rosa, 321 (Príncipe Real). 91 503 5553. Todos os dias, das 12h às 15h e das 19h às 02h. Às terças abre apenas aos jantares
Primeiro, um aviso: não é fácil marcar mesa no El Clandestino nos tempos que correm pelo é que aconselhável fazê-lo com antecedência, principalmente ao fim de semana. A casa aberta no Príncipe Real no final do ano passado debruça-se sobre duas receitas icónicas de México e Peru, respetivamente, os tacos e os ceviches. Centremo-nos nesta última, que é a que interessa para o caso: há seis ceviches disponíveis, cada qual com a sua receita. O Clandestino (9€), o Peruano (9,50€) e o Pacífico (9,50€) optam por uma abordagem mais clássica, à base de peixe branco, mas também os há de Atum (9,50€), Vieiras (13€) ou Salmão (9€). E nem ao almoço é preciso abandonar a moda: pode optar-se por um menu de três mini-ceviches do dia (12€) com direito a bebida e café incluído.
Qosqo
Rua dos Bacalhoeiros, 26A (Sé), Lisboa. 21 886 8061 / 918604529. De terça a sábado das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 23h. Domingo das 12h às 15h30
Naquele que foi o primeiro (e único, até à data) restaurante peruano a abrir em Lisboa não podia, como é óbvio, faltar o prato ex-líbris da terra. Ao contrário do que acontece na maioria dos restaurantes desta lista, os ceviches do Qosqo não variam no peixe — são sempre feitos com garoupa — mas sim na apresentação e confeção. Para além do ceviche clássico (15€), destaque também para a versão frita (15,50€) e para a que leva molho de aji limo (17€), um pimento peruano bastante picante. Para acompanhar há cerveja da terra, a Cusqueña, e um número razoável de cocktails feitos à base da mítica aguardente peruana, o pisco.
Bica do Sapato (Sushi-Bar)
Avenida Infante Dom Henrique, Armazém B, Cais da Pedra (Santa Apolónia). 21 881 0320 / 91 761 5065. De terça a sábado das 12h à 00h. Terça das 17h à 00h
No mês passado chegaram várias novidades à carta do Sushi-Bar da Bica do Sapato, pela mão do respetivo chef, João Duarte. E se é verdade que a dita carta merece ser devidamente explorada, em todas as suas vertentes, centremo-nos, para efeitos deste artigo, nas duas opções de ceviche, ambas com acentuadas influências nipónicas. A reter: salmão (9,5€), com morangos, sumo de lima, cebola roxa, ikura (ovas) e molho ponzu (soja e citrinos) ou peixe branco (10€) com tomate cherry, coentros, cebola roxa, sumo de lima, guacamole e shichimi togarashi (um mix de especiarias).
The Insólito
Rua de São Pedro de Alcântara, 83 (Bairro Alto). 21 130 3306. De terça a sábado, das 18h à 00h (sexta e sábado até à 01h)
Mais uma remodelação de carta, mais um ceviche. Entre as novas propostas do The Insólito, delineadas a meias entre o chef Nuno Bandeira de Lima e a consultora gastronómica Joana Moura conta-se o Sir’Viche (9,5€). Não vale apenas pelo trocadilho, vale também pela apresentação e pelo acompanhamento — chega à mesa com um cocktail criado especificamente para o efeito. Quanto ao peixe utilizado, depende. Será o peixe do dia, o mesmo que é utilizado para outros dos novos pratos da carta (peixe da noite). Pode ser corvina, pode ser robalinho, pode ser outro qualquer.