Um inquérito feito aos trabalhadores do Deutsche Bank mostra que a maioria não está contente com as condições de trabalho e com o estado do banco, avança a Bloomberg. O estudo revela que, em relação ao ano anterior, são menos os funcionários que estão comprometidos com a empresa e menos de metade os que têm orgulho na instituição para onde trabalham.

Um terço dos inquiridos sente-se restringido pelos processos “complexos” que os impedem de fazer bem o seu trabalho, devido à “lentidão dos processos de decisão ou falta de cooperação”.

Mas nem tudo é mau. A maioria dos trabalhadores sente-se envolvida e acredita que as funções que desempenham são interessantes e desafiantes. Mais de 60% observaram mudanças no comportamento, resultado da ênfase da empresa nos valores.

Em comunicado, os líderes executivos John Cryan e Karl von Rohr, dizem que “trabalhadores infelizes não são bons para desenvolver e gerar negócio”, mas admite que “os resultados transmitem o estado de espírito dentro do banco”, já que “as transformações do negócio em curso, e os consequentes cortes no trabalho, estão a causar muita preocupação e incerteza”.

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Cryan expôs um plano que inclui cortes nos funcionários, nos ativos de risco e clientes no departamento de valores mobiliários do banco. A estratégia serve para “corrigir alguns erros que foram cometidos ao longo dos últimos 20 anos”.

Esta notícia surge numa altura em que a Reserva Federal norte-americana revelou que o Deutsche Bank falhou o teste de stress anual, devido a falhas nos planos de capital e na gestão de risco. O banco passou nos parâmetros quantitativos, mas chumbou nos qualitativos. As ações do banco estão a ser transacionadas a um terço do seu valor contabilístico.

Texto editado por João Cândido da Silva