A Comissão Europeia aprovou um novo medicamento para a doença de Parkinson, produzido pela farmacêutica portuguesa Bial. De acordo com um comunicado enviado pela farmacêutica, o novo medicamento, o Ongentys, reduz o chamado período de off-time dos doentes com Parkinson (tempo em que os doentes se encontram em profunda imobilidade).

A molécula estava a ser investigada pela farmacêutica portuguesa há 11 anos, e deverá ser introduzida “já no final do ano em alguns mercados europeus, e durante 2017 nos restantes”, lê-se na nota.

O CEO da Bial, António Portela, sublinha que a aprovação europeia do Ongentys é “uma nova esperança para médicos e pacientes”. Para António Portela, a aprovação europeia do segundo medicamento desenvolvido em Portugal é resultado de “muitos anos de esforço e dedicação de uma equipa muito competente e altamente qualificada”.

O princípio ativo, opicapona, é um inibidor da COMT (catecol-O-metiltransferase), e o novo fármaco deve ser tomado uma vez por dia.

O Ongentys é o segundo medicamento de patente portuguesa a ser comercializado do mercado, após a comercialização de Zebinix, também produzido pela Bial, para o tratamento da epilepsia.

A doença de Parkinson afeta cerca de 1,2 milhões de pessoas na União Europeia, de acordo com a Associação Europeia da Doença de Parkinson. Em Portugal, são cerca de 22 mil os doentes afetados.

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