Desde esta terça-feira que procurar pela palavra “Palestina” no Google Maps resulta em (quase) nada. Embora o site reencaminhe para uma imagem gráfica do Médio Oriente, o termo “Palestina” e o território que 157 nações reconhecem existir evaporou-se dos mapas. O mesmo acontece com o termo “Cisjordânia”, mas Israel continua a ser assumido como um país com o Google Maps.

O alerta foi dado pelo Fórum de Jornalistas Palestinianos, que avisaram o mundo de que a Palestina já não era parte do material cartográfico do Google. A empresa, no entanto, nega ter feito qualquer alteração aos mapas que exibe na Internet. Para o Fórum, esta é uma forma de “firmar o seu nome [de Israel] como Estado legítimo nas gerações futuras e abolir o nome da Palestina para sempre”. E acrescenta que “o movimento pretende falsificar a história, a geografia e o direito dos palestinos a sua pátria”. O resto do mundo parece concordar: o movimento “Palestine Is Here” já se tornou assunto do momento no Twitter.

Ora, eis o novo modo como se vê o Médio Oriente no Google Maps: a fronteira de Israel com a Cisjordânia e Gaza aparecem delimitados a uma linha tracejada, utilizada para discriminar regiões. Enquanto o lado da Cisjordânia é legendado como “linha do acordo de armistício de 1949”, enquanto o lado de Gaza é chamado “linha do acordo de armistício de 1950”. Em suma, o que aparece quando se pesquisa por Palestina é todo o território israelita e aquele que muitos países reconhecem como território palestiniano.

Muitos, mas não um em particular: os Estados Unidos, onde a Google está sediada, nunca reconheceram a Palestina como país. Mas a empresa já deu uma justificação: Os dados básicos (como os nomes de lugares, fronteiras ou rodovias) são obtidos de uma combinação de fornecedores e fontes públicas. Em geral, essa informação é muito completa e se atualiza continuamente, mas a quantidade de dados com que contamos varia de um lugar para outro”.

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