Preparar a ida a um festival tem muito que se lhe diga. Para além de coordenar as boleias, é preciso arranjar espaço na mala para as salsichas enlatadas, os noodles de pacote e para o “petromax” que — como diria uma das infelizes personagens da série Guerra dos Tronos — a “noite é escura e cheia de horrores”.

Na viagem que fizemos ao campismo de Paredes de Coura, nas margens do rio Coura, vimos muito esparguete insonso, é certo, mas também febras a assar na brasa e até um fogão a gás. Desengane-se quem pensa que a juventude portuguesa não se sabe mexer na cozinha. Em Coura, não faltaram cozinheiros.

Mas a melhor receita para qualquer festival é mesmo boa companhia, e isso não faltou. Aqui e ali, sentados em círculo, amigos conversavam, riam, e contavam histórias da noite anterior. Uns, em torno de uma guitarra, cantavam os hits. É verdade que a música é sempre importante, mas o que seria de Paredes de Coura sem conversas na tenda até de madrugada e um banho gelado no rio?

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