O Presidente da República disse esta terça-feira que ter visitado as ilhas Selvagens no início do mandato, ao contrário dos seus antecessores, significa que “tudo o que tiver que ser feito deve ser feito em cinco anos”.
Marcelo Rebelo de Sousa visitou a ilha Selvagem Grande, Madeira, quando ainda não completou seis meses de mandato enquanto os anteriores chefes de Estado Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva o fizeram nos seus segundos mandatos.
“Não há nenhuma urgência, mas corresponde à minha ideia de proximidade e como estou a acelerar um pouco mais o ritmo da proximidade, é natural que tenha sido mais rápida a vinda aqui”, disse o Presidente da República aos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que tem que “fazer tudo que puder” neste mandato: “Não estou à espera de um segundo [mandato] para depois fazer o que não consegui no primeiro”.
“Sou livre, tenho as mãos livres para fazer exatamente aquilo que entender que devo fazer sem pensar em recandidaturas. Do mesmo modo, também não penso isto: ‘Não faço agora e fica para daqui a seis, sete anos, oito anos’. Tudo o que tiver que ser feito é feito em cinco anos”, afirmou.
Falando aos jornalistas na ilha, elogiou ainda valorização do mar pelo seu antecessor Aníbal Cavaco Silva. Referindo que Mário Soares e Jorge Sampaio também tiveram iniciativas nessa área, sublinhou: “Mas o presidente Cavaco Silva de facto fez disso uma das grandes missões dos seus mandatos e fez muito bem porque temos tantos problemas em terra em Portugal que não nos lembramos dessa riqueza que é o mar”. “O que o Presidente Cavaco Silva considerou fundamental eu considero fundamental”, acrescentou.
O Presidente da República encerrou esta terça-feira a sua deslocação de três dias à Região Autónoma da Madeira, na qual visitou o subarquipélago das Selvagens, o ponto mais a sul do território português.