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Samsung suspende vendas do novo Galaxy Note 7. Vídeos mostram aparelhos que se incendiaram ao recarregar

Este artigo tem mais de 5 anos

Vários utilizadores do novo Galaxy Note 7, da Samsung, colocaram vídeos nas redes sociais a mostrar que o aparelho se incendiara ao carregar. A empresa vai entregar telemóveis de substituição.

Um modelo do Samsung Galaxy Note 7 novo ao lado de um dos dispositivos que teve problemas com a bateria
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Um modelo do Samsung Galaxy Note 7 novo ao lado de um dos dispositivos que teve problemas com a bateria

Drew Angerer/Getty Images + YouTube/Ariel Gonzalez

Um modelo do Samsung Galaxy Note 7 novo ao lado de um dos dispositivos que teve problemas com a bateria

Drew Angerer/Getty Images + YouTube/Ariel Gonzalez

A empresa tecnológica Samsung vai retirar telefones Galaxy Note 7 do mercado em dez dos doze países onde o dispositivo já tinha sido disponibilizado. Nas últimas semanas vários utilizadores queixaram-se de que o telemóvel se desligava sozinho e que a bateria explodia quando era posta a carregar. Até esta sexta-feira tinham sido vendidos cerca de 2,5 milhões de exemplares do telemóvel em todo o mundo.

A empresa sul-coreana garantiu que irá substituir, temporariamente, telemóveis vendidos em dez dos países. Pelo que foi possível apurar, a marca irá oferecer um outro modelo do telemóvel até conseguir enviar os novos dispositivos, um processo que poderá demorar duas semanas, informa a Samsung.

A Samsung emitiu um comunicado onde explicava que tinham sido identificados 35 casos a nível global e que a empresa estava a realizar um estudo para identificar baterias afetadas no mercado. No comunicado pode ainda ler-se: “Porque a segurança dos nossos clientes é uma prioridade absoluta na Samsung, parámos de vender o Galaxy Note7“.

A empresa garante também no comunicado que irá substituir o dispositivo por um novo.

O presidente do ramo de telemóveis da marca, Koh Dong-jin, explicou ao The Guardian que o problema com os telemóveis se devia a um defeito na bateria e reforçou que as baterias dos dispositivos da marca são desenvolvidas e fornecidas por “duas ou três empresas”, entre as quais a Samsung SDI.

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Um porta-voz da empresa disse ao El Mundo que o problema se resolvia com uma troca de bateria. A Samsung apresentava como uma das cartas trunfo do telemóvel a sua bateria e rapidez a recarregar.

O primeiro caso conhecido de falhas no telemóvel aconteceu quando no dia 24 de agosto um utilizador publicou num fórum online a imagem de um Galaxy Note7 queimado.

A Samsung SDI, uma empresa do mesmo grupo que fornece as baterias para o aparelho, adiantou esta quinta-feira que não tinha recebido nenhuma informação de que elas tinham algum defeito. No entanto, várias pessoas colocaram vídeos e imagens do dispositivo danificado de forma a alertar os outros utilizadores.

https://twitter.com/AndyYEEEEE/status/771030085633736704

https://twitter.com/Polansski/status/769205488776908800

O dispositivo estava planeado para ficar disponível em Portugal a partir do dia 9 de setembro e custará 879 euros. O Galaxy Note7 esgotou na fase de pré-compra em Portugal, uma semana depois do início da campanha, a 16 de agosto.

Alguns utilizadores colocam a hipótese de que a explosão se tenha devido à utilização de um cabo USB “não-oficial”.

https://twitter.com/Mike__Le/status/771210584314359808

Esta quinta-feira a Samsung tinha atrasado o envio de algumas encomendas do novo Galaxy Note 7 depois de surgirem relatos de utilizadores que se queixavam do sobreaquecimento dos dispositivos. Segundo os proprietários, o telemóvel incendiava-se e, em alguns casos, chegava a explodir.

De acordo com o jornal The Telegraph, vários utilizadores do aparelho afirmaram que ele se incendiou espontaneamente quando estava a carregar. A empresa já esclareceu que suspendeu as vendas para três fornecedores na Coreia do Sul, mas não adiantou se este problema afetou outros mercados.

Estas falhas com o novo dispositivo podem prejudicar a empresa, que contava com o Galaxy Note 7 para enfrentar os novos iPhones 7, que serão lançados no dia 7 de setembro.

Este atraso das vendas já se fez sentir nas ações da empresa sul-coreana, que caíram 2% esta quinta-feira.

Texto editado por Miguel Pinheiro

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