O presidente da ANTRAL, Florêncio de Almeida, disse esta quarta-feira no parlamento que o papel dos taxistas não deve limitar-se a “transportar os velhinhos e os bêbados ao final da noite”. Ouvido na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o responsável deixou duras críticas à atuação do Governo no que toca à polémica relacionada com os serviços como a Uber ou Cabify. “Estamos a fazer um fato à medida ou uma lei para toda a gente?”, perguntou aos deputados o líder da associação que representa os taxistas.

Também o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, considerou que “o Governo quer alterar as regras do jogo”, ao “defender” as empresas como a Uber ou a Cabify.

Florêncio de Almeida já tinha deixado o aviso de que a paralisação dos táxis promovida pela associação do setor vai ser “prolongada o tempo que for necessário”, até que o Governo “decida o que vai fazer”. O aviso foi deixado pelo presidente da ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros), Florêncio Almeida, em declarações à TSF.

A Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas está a analisar o caso da entrada no mercado da Uber e outros serviços de transporte não convencional de passageiros e o seu impacto no setor do táxi.

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Segundo Florêncio Almeida, a paralisação irá prolongar-se até “que o Governo decida o que vai fazer”, acrescentando ainda que pode ir “muito para além” do mês de setembro.

No Parlamento português existe uma petição a favor da regulamentação da Uber e das empresas congéneres e uma outra que exige que estes serviços sejam travados.

“Nós não estamos contra as plataformas, nós estamos é contra o modus operandi das plataformas”, afirmou Florêncio Almeida.