Donald Trump Junior usou o Twitter para comparar os refugiados sírios a skittles envenenados, sugerindo que os Estados Unidos não deviam de aceitar nenhum migrante.
A imagem questiona os seus seguidores: “Se eu tivesse uma taça de Skittles e vos dissesse que só três podem matar-vos, vocês tirariam alguns?” O filho do candidato republicano acrescenta que “Esta imagem diz tudo. Vamos acabar com a agenda do politicamente correto que não põe a América em primeiro lugar.”
This image says it all. Let's end the politically correct agenda that doesn't put America first. #trump2016 pic.twitter.com/9fHwog7ssN
— Donald Trump Jr. (@DonaldJTrumpJr) September 19, 2016
As redes sociais encheram-se, rapidamente, de comentários contra Donald Trump Júnior. Jon Favreau, um antigo responsável por escrever os discursos de Barack Obama não ficou indiferente a esta polémica e utilizou a imagem de Omran Daqneesh, o menino sírio cuja foto se tornou simbólica dos bombardeamentos na Síria, para comentar a situação: “Esta é uma das milhões de crianças que hoje comparaste a Skittles venenosos”.
https://twitter.com/jonfavs/status/778036417167368192
No entanto, o comentário não é original, Joe Walsh, um antigo congressista republicano, já tinha divulgado esta comparação e que fica contente por o filho do candidato republicano concordar agora com ele.
Hey @DonaldJTrumpJr, that's the point I made last month.
Glad you agree. pic.twitter.com/Nssw6KC1HY
— Joe Walsh (@WalshFreedom) September 20, 2016
O jornal britânico The Guardian entrou em contato com um porta-voz da empresa Wrigley, detentora da marca dos Skittles. A empresa não considerou uma “analogia apropriada” uma vez que “os Skittles são doces. Os refugiados são pessoas.” A mesma fonte acrescentou que pretende abster-se sobre esta polémica para que não seja “mal interpretada” como uma estratégia de marketing.
Na semana passada, o filho mais velho de Donald Trump já tinha sido alvo de críticas por evocar o nazismo. Trump Júnior criticou a maneira injusta como o seu pai é tratado pelos media dizendo que “se os republicanos fizessem isto, estariam a aquecer a câmara de gás”.