Donald Trump Junior defendeu durante uma entrevista à Talk Radio 1210 que a única coisa que tornou possível a candidatura de Hillary Clinton à Casa Branca foi a cobertura positiva dos media. Defendendo que a campanha do seu pai, Donald Trump, não tem recebido a mesma atenção que a de Clinton, Trump Junior atacou os media, afirmando que, sem eles, “isto nunca seria um concurso”.

Os media construíram-na. Deixaram-na escapar com todas as discrepâncias, com todas as mentiras, com todos os jogos do Comité Nacional Democrata que tentou deixar Bernie Sanders de fora”, afirmou durante a entrevista com Chris Stigall na quarta-feira, citado pela CNN.

Frisando que é “um sistema muito diferente” e que “não há nada de justo nisto”, o filho do magnata usou uma referência ao Holocausto para dizer que “se os Republicanos fizessem isto, estariam agora a aquecer a câmara de gás“, uma afirmação que não passou despercebida. Nas redes sociais, foram várias as personalidades e organizações que já reagiram às declarações de Trump Junior.

Evan McMullin, candidato independente e uma alternativa conservadora à Casa Branca, escreveu no Twitter que a frase se trata de “uma referência nazi que não surpreende feita pelo movimento alt-right da campanha presidencial”. “Isto é o Trump verdadeiro”, afirmou.

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A Anti-Defamation League, uma organização de advogados judia, defendeu que Donald Trump Junior deve pedir desculpas. “A banalização do Holocausto e das câmaras de gás NUNCA está certa“, frisou o grupo através do Twitter. Dirigindo-se diretamente a Trump Junior, a organização disse esperar que este entenda o quanto pode magoar uma piada sobre o Holocausto. “Espero que volte com a palavra atrás.”