Donald Trump anunciou oficialmente a sua entrada na corrida pela Presidência dos Estados Unidos em março de 2015, Hillary Clinton esperou apenas um mês para se candidatar também. Há mais de ano e meio que o magnata de Nova Iorque e a advogada de Chicago entram pela nossa casa dentro como os possíveis líderes de uma das maiores nações do mundo. Muitos escândalos depois, apupos e palmas, sondagens e ideologias depois, o obsessivo-compulsivo, Trump, e a vencedora de um Grammy, Hillary, continuam a guardar segredos para o mundo. Estes são seis deles.
O que se calhar não sabe sobre Trump
Não bebe álcool
Donald Trump pode agarrar em várias coisas de forma indiscreta e até começar escândalos com isso, mas em copos de álcool nunca lhe viram sequer a tocar. É que o candidato republicano não bebe desde que o seu irmão, Fred, morreu aos 41 anos vítima de doenças provocadas pelo alcoolismo. Foi o que Trump confessou em 2015 numa entrevista à revista People.
É obcecado por limpeza
Qual pode ser o maior inimigo de um milionário? Os germes. Donald Trump parece estar à beira de um transtorno obsessivo-compulsivo relacionado com limpeza. É o Washington Post que o recorda, com base num livro lançado pelo candidato em 1997 onde escreveu: “Apertar as mãos é uma das maldições norte-americanas. Acontece que eu sou obcecado por ter as mãos limpas. Sinto-me muito melhor depois de lavar as mãos, coisa que faço o mais frequentemente possível”.
Estudou numa academia militar
Parece não ter filtro quando discursa, mas a educação que Donald Trump recebeu foi severa: o milionário estudou num colégio militar. Aos 13 anos deu o primeiro passo na escola militar de Nova Iorque, de onde só saiu em 1964, com dezoito anos. Depois orientou-se para o ramo dos negócios ao ingressar na Universidade de Fordham e, mais tarde, na Escola Wharton de Negócios da Universidade da Pensilvânia.
Trump e Batman trabalham juntos… no cinema
Há mais em comum entre Trump e Batman do que parece à primeira vista. O primeiro é um reconhecido empresário norte-americano, um milionário sem vergonha da fama e um mulherengo confesso. E o segundo é… a mesma coisa, mas com uma capa esvoaçante negra. Mas, além da personalidade (e da persona que criaram), Trump e Batman até já partilharam casa. A Trump Tower em Manhattan foi replicada em Hollywood para ser o local de trabalho de Bruce Wayne no filme “The Dark Knight Rises”.
Tem um jogo de tabuleiro
Há um novo tio rico na família dos jogos de tabuleiro. A seguir a Rich Uncle Pennybags, a mascote do Monopoly, também Donald Trump tem um jogo de mesa. Lançado em 1988, “Trump, The Game” apenas vendeu 800 mil exemplares, mas o objetivo era tentador: gerir um negócio imaginário enquanto se tenta levar a concorrência à falência.
Ele já nos tinha avisado que queria ser Presidente
Na campanha eleitoral às presidenciais de 2000, que opôs George W. Bush a Al Gore, o milionário norte-americano tinha um pé na corrida. Só que nunca arrancou. Um ano antes, em entrevista ao The Hill, Donald Trump admitiu estar a considerar a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Reformista. A ideia saiu-lhe da cabeça cedo e esperou dezasseis anos para ver o seu nome nos boletins de voto.
O que se calhar não sabe sobre Hillary
Já foi republicana antes de ser democrata
O nome de Hillary Clinton está escrito nos manuais do Partido Democrata há mais de quarenta anos, mas a atual candidata à presidência norte-americana também já esteve do outro lado da barricada. Quando era mais jovem, chegou a participar na campanha de Barry Goldwater em 1964 e liderou as Juventudes Republicanas enquanto estudava em Wellesley College. Eram as tendências da família a falar mais alto. Mas vieram os anos setenta e os tempos eram outros: em 1968, já na universidade, simpatizou mais com os ativista contra a guerra do Vietname e pelos direitos civis e deixou-se sensibilizar com a morte de Martin Luther King. A última vez que esteve associada aos republicanos foi para apoiar a candidatura de Nelson Rockefeller.
Queria ser astronauta
Mas a NASA não deixou. John F. Kennedy tinha acabado de anunciar os planos para ir à Lua e a jovem Hillary Clinton deixou-se encantar. No seu livro de memórias escrito em 2003, “Living History”, confessou que escreveu uma carta à agência espacial norte-americana a perguntar o que era necessário para ser astronauta. E eles responderam dizendo que não estavam a aceitar mulheres.
Usou o nome de solteira
Hillary casou-se em 1975 com Bill Clinton, mas o futuro presidente dos Estados Unidos teve de batalhar para colocar um anel na mão da namorada de universidade. Só mesmo à terceira é que Hillary Rodham decidiu aceitar o pedido de Bill, mas apenas com uma condição: iria continuar a usar o nome de solteira porque queria manter a sua identidade e “manter a vida profissional separada do marido”. Isso mudou nos anos 80, porque o apelido de Hillary dava muito que falar: ela passou a apresentar-se como Mrs. Clinton e pronto: Rodham passava lentamente à história.
Investigou o caso Watergate
Desengane-se quem acha que a carreira de Hillary Clinton começa no momento em que se tornou primeira-dama. Publicou artigos sobre os direitos das crianças e sobre políticas públicas relacionadas com a infância. E, em 1974, Hillary foi uma das advogadas que investigou o Presidente Richard Nixon com a missão de encontrar provas de espionagem e corrupção no âmbito do caso Watergate.
Diz que foi ela quem criou o “Obamacare”
O Obamacare esteve debaixo das luzes da ribalta, mas o nome não é original. Em janeiro deste ano, durante a campanha para as primárias no Iowa, Clinton falou sobre esse sistema de saúde e disse: “Chamava-se Hillarycare antes de se chamar Obamacare”. Referia-se uma proposta arrojada que já tinha feito, mas que tinha sido ignorada em 1993, quando o seu marido chegou à Casa Branca. Embora o Hillarycare tivesse propostas ainda mais abertas do que o Obamacare, nunca chegou sequer a ser votado no Congresso.
Ganhou um Grammy
É um dos prémios mais importantes do mundo da música nos Estados Unidos. Em 1996, levou o prémio para casa graças à versão áudio do seu livro “It Takes A Village And Other Lessons Children Teach Us”. A obra fala sobre o papel da sociedade na formação de uma criança, desde a educação em casa até ao ensino na escola, passando pelos médicos que consulta, os políticos que influenciam as políticas que a afectam e as organizações com que lida no quotidiano.