A forma como lidam com os pacientes, insatisfação com a carreira e com a remuneração e o excesso de trabalho são as principais fontes de stress apontadas pelos enfermeiros que participaram no estudo “Stress ocupacional em profissionais de saúde”, da Universidade do Minho. Um em cada cinco (17,8%) apresentaram mesmo sintomas de exaustão física e emocional (burnout).

Dos 2.302 enfermeiros inquiridos para este estudo, que contou com a colaboração da Ordem dos Enfermeiros, 86% responderam estar a trabalhar sob stress, 37,3% dos quais apontaram mesmo stress elevado. Esse questionário incluía 25 itens que tocavam várias dimensões como o relacionamento com os doentes, o excesso de trabalho, a progressão na carreira e salário, o relacionamento com os colegas e a falta de tempo para a família, entre outras.

“Relativamente aos possíveis problemas que podem contribuir para esta situação, verificaram-se como principais fontes de stress, o modo de lidar com clientes (69,2%), excesso de trabalho (63,4%) e, por último, carreira/remuneração (67,1%)”, lê-se no documento publicado na revista internacional “Western Journal of Nursing Research”.

Participaram neste estudo 2.302 enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (1.895 mulheres e 407 homens), entre os 21 e os 66 anos. Os participantes foram principalmente enfermeiros especialistas (36,3%), seguindo-se a emergência e os cuidados intensivos (11,1%).

Já um estudo publicado em fevereiro deste ano na Acta Médica — “Burnout nos profissionais de saúde em Portugal” — indicava que, a nível nacional, 47,8% dos médicos e enfermeiros inquiridos apresentavam níveis de burnout elevados e que 21,6% exibiam sintomas moderados desta síndrome.

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