O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmou esta sexta-feira que o Reino Unido não pode escolher uma saída da União Europeia “à la carte”, que lhe permita acesso ao mercado único, mas com controlo da imigração.
A liberdade de circulação está ligada ao acesso ao mercado único, sublinhou o ministro no jornal Financial Times, acrescentando que “não há menu ‘à la carte’ “, mas “um menu completo, com tudo ou nada”.
O controlo da imigração proveniente dos países europeus é uma das aspirações dos defensores do chamado Brexit (saída da União Europeia), mas os dirigentes europeus têm afirmado que isso iria contra o funcionamento da União Europeia.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, considerou mesmo na BBC que são “intelectualmente impossíveis” as exigências do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, que, num jornal checo, repetiu que o seu país quer continuar a ter acesso ao mercado da União Europeia e limitar a imigração europeia.
Wolfgang Schäuble também disse que mesmo com o Brexit concluído o país ainda pode ter de ficar anos envolvido em compromissos europeus, incluindo os pagamentos que tem de fazer à União Europeia.
É possível que alguns compromissos perdurem após a saída (…) e mesmo, parcialmente, até 2030″, afirmou o ministro, avisando que a União Europeia não “pode conceder descontos generosos”.