A maior palavra da língua portuguesa tem 46 letras e é pneumoultramicroscopicosasilicovulcanoconiotico (se excluirmos as palavras técnicas a maior seria anticonstitucionalissimamente). Mas a palavra que foi eleita a palavra do ano na Áustria consegue ser ainda maior: Bundespraesidentenstichwahlwiederholungsverschiebung. São precisas 52 letras para definir uma realidade que marcou o ano de 2016 naquele país: o tempo que demorou até a Áustria conseguir eleger um presidente. Em português seria algo como adiamento-da-repetição-da-segunda-volta-da-eleição-presidencial.
A escolha da palavra foi feita após um inquérito a 10 mil pessoas, levado a cabo pela unidade de investigação de alemão-austríaco da Universidade de Graz, em cooperação com a agência de notícias austríaca.
A escolha recaiu sobre a realidade que a Áustria viveu este ano, entre abril e dezembro, período que levou até à realização da segunda volta da eleição presidencial, que viria a eleger na semana passada Alexander Van der Bellen. A primeira volta realizou-se em abril, sendo que se seguiria uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados logo em maio. Mas devido a irregularidades a segunda volta foi anulada e adiada para outubro. Só que também aí houve defeitos nos boletins de voto e isso levou a novo adiamento, para dezembro.
Só a 4 de dezembro Alexander Van der Bellen viria a ser eleito. Bundespraesidentenstichwahlwiederholungsverschiebung, pois.