O ex-presidente da câmara do Porto, Rui Rio, sugeriu, esta segunda-feira, uma redução do IVA, do IRS e do IRC para, em contrapartida, ser criado um imposto consignado ao pagamento dos juros da dívida pública.

“A minha pergunta é: não seria salutar que nós reduzíssemos o IVA, o IRS, o IRC, os três” e “por contrapartida, criássemos um imposto (…) consignado ao pagamento dos juros da dívida pública”, questionou Rio, enquanto moderador da mesa redonda “Economia e Fiscalidade no Orçamento de Estado para 2017”, realizada no Porto.

O ex-autarca acrescentou ainda um meta de receita para esse novo imposto: “8,3 mil milhões de euros”.

Rui Rio sustentou a sua proposta com uma maior transparência na relações com os contribuintes, já que os portugueses saberiam que esse novo imposto não serviria para financiar a saúde, educação ou obras públicas, mas sim para pagar os juros decorrentes do serviço da dívida pública.

Apesar de ter consciência de eventuais problemas jurídicos que a sua proposta pode levantar (” penso que os impostos não podem ser consignados, mas o IMI também não pode ser para o Estado e vai ser uma parte dele para o Estado”, disse Rio), o ex-edil do Porto afirmou que é importante que todos entendam que aquilo que se gasta hoje a mais vai ter implicações no futuro.

Rui Rio tem sido apontado como o possível sucessor de Passos Coelho na liderança do PSD, tendo admitido recentemente a possibilidade de vir a candidatar-se em 2018 caso não surja “nenhuma alternativa credível”. Numa entrevista ao Diário de Notícias em novembro, Rio enumerou uma série de “ses” para explicar que apenas avança se estiverem reunidas determinadas condições.

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