A administração Obama vai avançar com sanções contra a Rússia pelo facto de Moscovo ter ingerido nas eleições de novembro, violando correspondência eletrónica de membros da candidatura de Hillary Clinton — incluindo o diretor de campanha. Os dados acabaram publicados na comunicação social como forma, consideram os serviços de informação, de prejudicar a candidata democrata e beneficiar Donald Trump. A CNN avança que as sanções deverão ser anunciadas esta quinta-feira.
As medidas a adotar pelos EUA deverão incluir “sanções alargadas” e “medidas diplomáticas” contra Moscovo, numa tomada de posição vista como uma “resposta proporcional” à intervenção russa nas eleições — intervenção esta considerada excessiva por fontes oficiais da Administração Obama face às habituais ações de ciberhacking feitas entre Estados.
A Casa Branca deverá nomear pessoas concretas que acredita terem estado ligadas à “campanha de desinformação” russa, que se terá prologado por mais de um ano. Este passo é a conclusão de uma intensa discussão sobre como as autoridades norte-americanas deveriam responder à intervenção de Moscovo e segue-se à confirmação, por parte dos serviços de informação norte-americanos, de que houve violação da correspondência do Partido Democrata durante as eleições através de hackers que estarão ligados aos serviços de informação russos.
Depois de alguma cautela de Washington na forma como era feita a relação entre as autoridades russas e estas ações de hacking, a CNN refere agora que houve intervenção direta de agências de informação russas, que entregaram os dados recolhidos nas caixas de e-mail a sites como o WikiLeaks e o DC Leaks.