A rainha Letizia recusou-se a viajar para a Arábia Saudita, país onde Felipe VI estará este fim-de-semana a convite do Guardião das Sagradas Mesquitas do Islão, Salman bin Abdulaziz Al Saud, depois de adiar a viagem por duas vezes. Uma recusa que o El Español acredita ser justificada pelas convicções da própria monarca espanhola.
“Letizia nunca visitaria um país que proíbe as mulheres de conduzir, em que as mulheres casadas não podem viajar sozinhas e têm de ser acompanhadas por alguém da família do marido; um país onde 150 pessoas foram executadas nos últimos anos, por decapitação na sua maioria, por se oporem aos governantes; um país que subsidia milhares de mesquitas em todo o mundo; um país onde as mulheres divorciadas não podem entrar em locais públicos por serem consideradas adúlteras (…)”, estas são algumas das explicações encontradas por aquele jornal espanhol numa publicação de novembro de 2016.
A visita do monarca espanhol, acompanhada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e pelo ministro do Fomento, está agendada para o próximo dia 14 de janeiro, sábado, e o seu regresso vai ter lugar dois dias depois, dia 16, dá conta o El Español. A morte do príncipe Turki bin Abdulaziz Al Saud, irmão do rei Salman, foi um dos motivos que fez com que a visita do monarca espanhol, marcada para novembro de 2015, fosse adiada. No entanto, a viagem de Felipe VI até à Arábia Saudita, que estaria agendada para fevereiro de 2016, foi igualmente adiada, devido à situação de bloqueio político.