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Ministério das Finanças acusa CDS de "vil tentativa de assassinato do caráter" do ministro

Este artigo tem mais de 5 anos

O ministro das Finanças, Mário Centeno, já reagiu às palavras do centrista João Almeida e diz-se alvo de "uma vil tentativa de assassinato do caráter".

Mário Centeno vai voltar a ser ouvido na comissão de inquérito a pedido potestativo do PSD
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Mário Centeno vai voltar a ser ouvido na comissão de inquérito a pedido potestativo do PSD

MÁRIO CRUZ/LUSA

Mário Centeno vai voltar a ser ouvido na comissão de inquérito a pedido potestativo do PSD

MÁRIO CRUZ/LUSA

O Ministério das Finanças já respondeu às declarações desta tarde do porta-voz do CDS-PP João Almeida, acusando-o de “truncar” os factos para “produzir uma vil tentativa de assassinato do caráter do Ministro das Finanças”.

O Ministro das Finanças repudia com veemência a insultuosa e torpe estratégia do PSD e CDS-PP de tentarem enlamear a sua honorabilidade e o trabalho que tem sido desenvolvido para solucionar os problemas do sistema financeiro, herdados da governação dos referidos partidos”, lê-se no comunicado das Finanças, que acrescenta ainda que o CDS-PP “truncou” os factos “para produzir uma vil tentativa de assassinato do caráter do Ministro das Finanças”.

Em causa estão as palavras de João Almeida, proferidas esta tarde em conferência de imprensa. O centrista afirmou que Centeno “mentiu” quando disse ao Parlamento que “inexistia” troca de correspondência relacionada com as condições de António Domingues para aceitar lidera a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

João Almeida garantiu aos jornalistas que, na correspondência trocada entre Domingues e o ministério das Finanças, que chegou às mãos dos deputados da comissão de inquérito à CGD esta terça-feira, há emails a contrariar a versão de Centeno. Mas voltou a não revelar o conteúdo dos mesmos, até a comissão de inquérito decidir formalmente se têm ou não validade para serem usados.

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Na base de toda a polémica está um requerimento feito pelo CDS no final de novembro, a pedir toda a correspondência trocada entre Domingues e o Ministério das Finanças, desde o dia 20 de março de 2016, que fosse “de alguma forma relacionado com as condições colocadas para a aceitação dos convites para a nova administração da CGD”. Na resposta a esse requerimento, que deu entrada no Parlamento a 13 de janeiro, o chefe de gabinete do ministro Centeno escreveu que “inexistem trocas de correspondência com as características descritas”.

Centeno reitera a inexistência dessa correspondência e, em comunicado, explica que “as comunicações havidas, designadamente que contenham apreciações técnicas ao Estatuto do Gestor Público, não se ajustam ao objeto do pedido, uma vez que não correspondem a condições formuladas pelo Dr. António Domingues para aceitação do convite”.

Mário Centeno vai voltar a ser ouvido na comissão de inquérito a pedido potestativo do PSD e, para provar a contradição em que o ministro incorreu, o CDS quer também voltar a ouvir António Domingues.

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