Gregor Mendel era um homem versátil e eclético nos gostos. Desde criança que a sua vizinhança na Silésia, território pertencente à Áustria na época, adivinhava grandes coisas para o menino de origens humildes que brincava entre as plantas. Aos 21 anos, em 1843, estava a entrar num mosteiro da Ordem de Santo Agostinho (agora mosteiro de Brno, República Checa) porque não tinha dinheiro para financiar uma universidade. Mas embora não vivesse circundado dos livros e das sebentas universitárias, ficou encarregue de cuidar dos jardins do mosteiro. Não precisava de mais para descobrir de que peças são feitas as vidas na Terra.
O então monge austríaco começou a dar aulas de Ciência na Escola Superior de Brno, após ter conseguido entrar no Instituto de Filosofia de Olmütz e depois na Universidade de Viena. Entre uma aula e outra dedicava-se ao cruzamento de espécies de feijões, ervilhas e abelhas que encontrava no jardim do mosteiro onde morava. Percebeu que havia características de certas plantas que eram transmitidas às gerações seguintes e outras que, por algum motivo, ficavam escondidas e só regressavam em determinadas condições. Então Mendel propôs a existência de um par de unidades elementares de hereditariedade responsáveis por determinar as características físicas dos seres. Eram os genes.
Graças aos esquemas projetados por Mendel conseguimos agora prever o tipo de sangue da nossa descendência, saber a cor de olhos que poderão ter ou de que doenças poderão padecer. Tudo isto porque sabemos que há certas características que são dominantes e outras que são recessivas. Tudo isso devemos a Mendel, o aclamado pai da Genética.
Em pleno Dia do Pai, que coincide com o Dia de S. José porque é considerado o cuidador de Jesus nos textos religiosos, o Observador revisitou a história da Humanidade para celebrar os “pais” criadores do mundo em que vivemos agora. Quem nos deu telemóveis, quem criou os sites e quem permitiu o desenvolvimento da Medicina para garantir a nossa saúde? Descubra na fotogaleria.