O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse esta quarta-feira acreditar que “aquilo que o senhor (Jeroen) Dijsselbloem parece ter dito” sobre os países do sul da Europa “não reflete o que ele pensa no fundo”.
“Relativamente às declarações que o presidente do Eurogrupo fez, e tendo em conta que o primeiro-ministro português, o meu amigo António (Costa), acaba de nos convidar a pedir ao senhor Dijsselbloem que se demita, gostaria de dizer numa frase que acredito que aquilo que o senhor Dijsselbloem parece ter dito não reflete o que ele pensa no fundo”, declarou.
Numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, antes de um encontro bilateral e um jantar de trabalho na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, Juncker, ao ser questionado sobre as polémicas declarações do presidente do Eurogrupo, que levaram o Governo português a pedir o seu afastamento do cargo, preferiu sublinhar o respeito e amizade que sente pelos países do sul, e por Portugal em concreto.
Quanto aos países do sul, e nomeadamente o meu querido Portugal, ao longo dos anos, enquanto presidente do Eurogrupo e presidente da Comissão, sempre testemunhei em relação a Portugal uma amizade que é inabalável”, disse Juncker.