O selecionador português de sub-21, Rui Jorge, disse esta quinta-feira não ter ainda uma equipa-tipo para a fase final do Euro2017 de futebol, que se disputa na Polónia, de 16 a 30 de junho, mas apenas um núcleo duro.
“Há dois jogos por fazer, nos quais tentaremos dar utilização ao maior número de jogadores, vê-los novamente em ação, procurar que joguem juntos mais minutos, mas não há necessariamente uma equipa-tipo nesta altura, o que há é um núcleo duro de jogadores que estão dentro dos princípios que defendemos para o nosso espaço”, disse Rui Jorge, que tem “um conhecimento razoável sobre a maioria dos jogadores, apesar do grupo estar em constante alteração”.
Em relação aos lugares ainda em aberto para a fase final do Euro, Rui Jorge disse estarem todos em aberto: “Nem o do [Gonçalo] Guedes está fechado, como eu, eventualmente, terei dado a entender quando disse que, se fosse este o momento, o Guedes estaria convocado”.
“Todos os lugares estão sempre em aberto, mas o treinador está aqui com alguma coerência a construir uma equipa para estar presente na fase final. Basta ver os nossos jogos e o trajeto que fizemos para perceber que há um grupo e que, se mantiver o nível, a qualidade e o comportamento que tem tido, não fará sentido estar a alterar a dois meses e meio do Europeu. Portanto, não existirão, certamente, muitas alterações a este grupo entre 23 e 27 jogadores que tem sido convocado”, afirmou.
O selecionador de sub-21 crê que a equipa “está preparada” para superar os problemas que a seleção da Noruega irá colocar no primeiro jogo de preparação, que se disputa no sexta-feira, no Estádio Coimbra da Mota, no Estoril. “Acredito que vamos fazer um bom jogo com a Noruega, que é uma equipa nova, ainda em formação. Pela nossa parte, sabemos o que queremos, que é sermos mais consistentes do que temos sido nos últimos jogos no plano defensivo. Vimos de quatro jogos em que sofremos golos, o que não é normal, e sabemos que, para chegarmos onde pretendemos, teremos de ser mais consistentes e mais fortes defensivamente. É isso que vamos procurar fazer neste jogo”, referiu.
A chamada de Bruno Varela, que integrava o estágio dos sub-21, à seleção A, levou Rui Jorge deu conta da reação de satisfação do jogador quando lhe transmitiu a boa nova e lembrou que chegar àquele patamar é o desejo de todos os jogadores.
“Tem acontecido com alguma frequência [promoção à seleção principal], mas estes jogadores sabem que, para tal acontecer, têm de demonstrar o seu valor na seleção e nos seus clubes, e só assim Fernando Santos poderá pensar neles para a seleção principal”, disse Rui Jorge, para quem os sub-21, sendo o patamar que precede a seleção A, ainda que haja exceções como o caso de Renato Sanches, “não é o único palco, tendo grande preponderância o que os jogadores fazem nos clubes, aliado à sua qualidade individual”.
Questionado sobre o percurso vitorioso extraordinário desta seleção desde 2011, Rui Jorge lembrou que a preparação para os jogos se faz sempre da mesma forma. “Tentar ser forte, identificar os pontos fracos do adversário, minimizar os nossos, e abordar os jogos com uma vontade enorme, sempre com a ideia de que, para sermos superiores aos outros, temos sempre de o demonstrar, não basta termos uma série de números por trás”, disse.
De acordo com Rui Jorge, “os jogadores sabem que têm de estar concentrados, empenhados e nunca podem menosprezar os adversários”. “Tem corrido bem, eles têm uma qualidade tremenda, e é essa demonstração constante de qualidade que lhes permite passar para outros patamares”, referiu Rui Jorge, que não tem dúvidas de que os jogadores “têm entendido essa mensagem e correspondido”.
Portugal defronta na sexta-feira a Noruega, no estádio Coimbra da Mota, no Estoril, e na próxima terça-feira a Alemanha, em Estugarda, em dois jogos de preparação para o Euro2017, que se realiza na Polónia entre 16 e 30 de junho, no qual Portugal encontrará a Macedónia, a Sérvia e a Espanha.