O Spotify está a preparar o pedido de admissão à cotação em bolsa, que poderá concretizar-se em setembro de 2017, segundo noticia o Wall Street Journal. A empresa que explora o serviço de streaming de música pretende ter as respetivas ações disponíveis para serem livremente negociadas no mercado, mas a entrada será feita de forma direta, sem recurso a qualquer operação de oferta de novas ações.
O jornal norte-americano refere que os responsáveis do Spotify não pretendem captar capital através de uma oferta pública inicial e que apenas têm o objetivo de ter os títulos cotados. A iniciativa permitirá aos atuais acionistas transacionarem as ações que têm em carteira, assim como abrirá a possibilidade de novos investidores virem a participar no capital da empresa através da compra das ações já emitidas.
Sem preço de referência na entrada em bolsa, que costuma ser fixado através do valor a que as ações, novas ou existentes, são vendidas no decurso das ofertas públicas iniciais, a cotação do Spotify e o valor de mercado serão estabelecidos pelo encontro entre a oferta e a procura. Ainda assim, o Wall Street Journal acrescenta que o Spotify tem como objetivo alcançar uma avaliação em redor de 10 mil milhões de dólares.
O streaming tem vindo a ganhar peso nas opções dos consumidores de música, em detrimento de suportes físicos como o CD e os downloads de ficheiros digitais. Em 2016, a subscrição de serviços como aquele que é oferecido pelo Spotify gerou receitas de 2,5 mil milhões de dólares [2,3 mil milhões de euros] nos Estados Unidos, contra 1,2 mil milhões no ano anterior, o que assinala um crescimento superior a 108%.
O Spotify tem, atualmente, 50 milhões de subscritores que pagam uma assinatura mensal para poderem ter acesso ao catálogo que é disponibilizado pela empresa, sem interrupções para publicidade. A empresa está em fase de testes para oferecer um serviço hi-fi, com som de elevada qualidade, o que terá um custo acrescido para os melómanos interessados.