A Fenprof entregou esta terça-feira na residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, um documento com as reivindicações que levaram os professores a desfilar com uma faixa de 550 metros pelas ruas de Lisboa.

Um cordão humano constituído por cerca de 1.500 professores e educadores desfilou do Ministério da Educação (ME) até São Bento onde chegou pelas 17h20. À passagem pelo parlamento, os manifestantes foram recebidos com palmas pelas deputadas do PCP Ana Mesquita e Ana Virgínia.

“O grupo parlamentar do PCP está solidário com as reivindicações dos professores, perfeitamente atuais e que precisam de uma resposta urgente”, disse aos jornalistas a deputada Ana Mesquita, referindo-se ao combate à precariedade e à instituição de um novo modelo de gestão das escolas.

Os professores reclamam o descongelamento das carreiras em janeiro, um regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço e uma revisão dos horários de trabalho. Manifestam-se ainda contra a transferência de competências para as autarquias na área da educação e pretendem ver aplicada uma efetiva redução do número de alunos por turma em todas as escolas.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) voltou a sair à rua esta terça-feira para fazer desfilar em Lisboa uma faixa de 550 metros com fotografias de rostos de docentes e os problemas que enfrentam. A marcha teve início perto das 16h00, e a Fenprof mantém a hipótese de marcar uma greve sempre presente.

O secretário-geral da estrutura sindical, Mário Nogueira, disse aos jornalistas que a resposta à realização ou não de uma greve está do lado do governo. “Renovar a profissão passa pela aposentação”, “No ensino de qualidade não há lugar a precariedade” e “os professores andam estourados com horários tão carregados” foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos docentes que transportavam a faixa.

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