Há 14 anos, José Mourinho teve a sua primeira grande epopeia europeia da carreira. Que terminou da melhor forma: o FC Porto conquistou a Taça UEFA de 2002/03, batendo na final, após prolongamento, os escoceses do Celtic. Antes, os dragões defrontaram equipas de vários países: Polónia (Polónia Varsóvia), Áustria (Áustria Viena), França (Lens), Turquia (Denizlispor), Grécia (Panathinaikos) e Itália (Lazio). Passou tudo e todos, sem cruzar nunca com qualquer conjunto espanhol. Agora, pelo Manchester United, lutará com o Celta de Vigo pela final da Liga Europa.

O sorteio realizado esta sexta-feira em Nyon colocou os red devils em Vigo na primeira mão da meia-final da prova, a 4 de maio, dia em que o Ajax recebe o Lyon no outro encontro para apurar os finalistas da competição. O segundo jogo realiza-se uma semana depois, dia 11, e a final está marcada para dia 24, em Estocolmo.

Mais do que um troféu europeu para o Manchester United, está também em jogo a “estrelinha” do técnico português. Que muitos dizem estar apagada. Mas que os números teimam em aceitar: após a sofrida vitória por 2-1 após prolongamento frente ao Anderlecht, o técnico português conseguiu atingir a décima meia-final europeia.

Recordemos então o trajeto europeu na Champions do técnico após a vitória na Taça UEFA: em 2004, conquistou também pelo FC Porto a Liga dos Campeões, vencendo o Mónaco na final por 3-0; em 2005, já pelo Chelsea, perdeu nas meias-finais com o Liverpool; em 2007, voltou a cair com os reds nas meias-finais, nas grandes penalidades; em 2010, no Inter, conquistou a Champions após bater o Bayern na final por 2-0; em 2011, já no comando do Real Madrid, saiu derrotado nas meias-finais frente ao Barcelona; em 2012, perdeu novamente nas meias-finais com o Bayern, no desempate por grandes penalidades; em 2013, mais uma meia-final perdida, desta feita contra o Borussia Dortmund; e em 2014, de novo como treinador do Chelsea, foi afastado pelo Atl. Madrid.

Agora, no regresso à segunda competição europeia, já atingiu as meias-finais. E promete não ficar por aqui. Porque quando muitos falam de um fim de ciclo, pode sim estar a abrir-se um novo ciclo.

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