Os incêndios florestais consumiram este ano 13.530 hectares, uma área ardida dez vezes superior ao mesmo período de 2016, segundo números avançados esta quarta-feira pelo secretário de Estado da Administração Interna no Parlamento.
Na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, onde esteve a apresentar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2017, Jorge Gomes adiantou que os fogos também aumentaram entre janeiro e maio deste ano, tendo deflagrado, até ao momento, 4.839, mais 3.951 do que no mesmo período de 2016, quando se registaram 888.
Este ano, a área ardida situa-se nos 13.530 hectares, enquanto no mesmo período de 2016 existiam 1.203 hectares de florestas consumida pelas chamas.
Segundo o secretário de Estado, dos 13.530 hectares de área ardida quatro mil dizem respeito a floresta.
Sublinhando que esta situação “suscita preocupação”, Jorge Gomes referiu que o mês de abril desde ano foi o quinto mais quente desde 1945, o índice da severidade meteorológica aumentou e cerca de 75% do território português está em seca moderada.
“Não estou a atribuir a responsabilidade à seca, o que ardeu é uma área preocupante”, disse o secretário de Estado, reiterando confiança na capacidade de resposta do dispositivo.
Os dados divulgados no parlamento mostram também que Vila Real e Braga tiveram o maior número de ocorrência de incêndios e de área ardida este ano.
Entre janeiro e maio deflagraram 19 grandes incêndios, aqueles que tiveram uma área ardida igual ou superior a 100 hectares, e 57% dos fogos tiveram “origem humana”, nomeadamente em queimadas e caça, disse também, na comissão parlamentar, o comandante nacional de operações de socorro, Rui Esteves.