O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, instaurou hoje a lei marcial na ilha de Mindanao (sul), onde foram registados violentos confrontos entre as forças armadas filipinas e combatentes com ligações ao grupo extremista Estado Islâmico (EI). “[O Presidente] instaurou a lei marcial [imposta por forças militares em caso de emergência ou de perigo, quando as autoridades civis não conseguem manter a ordem e a segurança] em toda a ilha de Mindanao”, anunciou o porta-voz do chefe de Estado, Ernesto Abella, numa declaração feita a partir de Moscovo onde Rodrigo Duterte está em visita oficial.
Os confrontos ocorreram hoje em Mindanao durante uma operação para a detenção de Isnilon Hapilon, líder do grupo islamita Abu Sayyaf e o rosto nas Filipinas do EI. Pelo menos um polícia morreu durante os confrontos ocorridos em Marawi, cidade maioritariamente muçulmana com cerca de 200 mil habitantes, segundo indicaram as autoridades filipinas.
Os combatentes extremistas atacaram um hospital durante os confrontos, precisou o chefe do Estado-maior filipino, o general Eduardo Ano, em declarações ao canal CNN Filipinas.
O grupo Abu Sayyaf, cuja base está situada na zona sul do arquipélago, tem sido responsável pelo rapto de centenas de filipinos e de cidadãos estrangeiros desde a década de 1990, exigindo o pagamento de elevados resgates. Segundo os especialistas em questões de segurança, Isnilon Hapilon tem procurado unificar os grupos radicais filipinos que juraram fidelidade ao EI.