A greve ao trabalho extraordinário na TAP entre junho e outubro, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), não vai afetar a operação da companhia aérea, segundo fonte oficial da empresa liderada por Fernando Pinto.

A TAP não prevê qualquer tipo de perturbação da operação com esta greve“, avançou à Lusa o porta-voz da transportadora, destacando que se trata de uma greve limitada às horas extraordinárias e que não engloba os pilotos nem os tripulantes.

Por seu turno, Paulo Duarte, dirigente do SITAVA, confirmou à Lusa o arranque desta greve já a partir das 00h00 de sábado, estendendo-se até 1 de outubro, indicando que “a manutenção e engenharia da TAP será a área mais afetada”.

Mas fonte oficial da TAP realçou que “toda a operação da TAP está planeada para que os aviões estejam em pleno funcionamento no verão”, ou seja, durante o período de maior tráfego aéreo “não há grandes intervenções” ao nível da reparação das aeronaves, o que minimiza o impacto desta greve.

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Já Paulo Duarte considerou que esta greve ao trabalho extraordinário “é o primeiro grande sinal que os trabalhadores querem dar à administração”, acrescentando que o objetivo não é “causar qualquer impacto na empresa”.

E salientou: “A administração continua a não ouvir as nossas reivindicações e, se continuar a não nos ouvir, pode até haver um prolongamento do período de greve ou outra decisão da nossa parte”.

Questionado sobre quais são as alternativas em estudo pelo SITAVA, Paulo Duarte considerou que não é o momento para lançar essa informação.

Agora estamos concentrados nesta greve e não há mais nada a adiantar”, lançou, revelando que, no que toca à adesão, a mesma “já se começa a verificar nas convocatórias feitas para trabalhar neste fim de semana que não tiveram resposta positiva por parte dos trabalhadores”.

Do lado da TAP, o porta-voz assegurou que a administração “está sempre disponível para dialogar com os sindicatos”, ainda que admitindo que “negociar quando decorre uma greve altera o clima” dos encontros.

Em causa está uma greve ao trabalho suplementar em dia útil, dia feriado, dia de descanso semanal obrigatório e em dia de descanso semanal complementar, bem como ao trabalho em prolongamento no regime de modulação de horário e à alteração do horário de trabalho, de todos os trabalhadores afetos ao SITAVA.