O NOS Primavera Sound aumentou a capacidade diária de 25 mil para 30 mil pessoas, este ano, e o festival “bateu recordes de público”, avançou José Barreiro, na conferência de imprensa de balanço da 6.ª edição. O dia de Bon Iver conseguiu “a maior enchente de sempre“, 30 mil pessoas. O regresso ao Porto já tem data marcada: 7, 8 e 9 de junho de 2018.

Para José Barreiro a experiência de aumentar os limites de público correu bem, mesmo com um cartaz “mais arriscado”. O que o deixa “à vontade” para que a lotação das próximas edições se mantenha nas 30 mil pessoas por dia. Este ano, passaram pelo Parque da Cidade festivaleiros de “mais de 60 nacionalidades”. Na quinta-feira estiveram ao todo 27 mil pessoas no recinto, menos três mil do que na sexta-feira, números da organização. Fica a faltar a contagem do último dia, que só termina por volta das seis da manhã, com Marc Piñol no palco Pitchfork.

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“Nas próximas edições estaremos atentos”, disse José Barreiro, que reconhece que as casas de banho colocadas no recinto este ano não funcionaram pelo melhor e que serão necessárias mudanças. “Mas filas haverá sempre”, alertou.

A maior enchente do festival provou, no entanto, que 30 mil pessoas no recinto são “o limite” do conforto. “O NOS Primavera Sound tem crescido porque é apresentado como sendo diferente dos outros. E essa diferença está muitas vezes no conforto que oferecemos às pessoas. Ontem acho que atingimos o limite do conforto”, disse. Um número que está “bem para manter este nível de qualidade do festival”.

O apoio da Câmara Municipal do Porto, que tem um palco com a marca “.”, da autarquia, “tem vindo a diminuir”, disse ao Observador Nuno Santos, adjunto de Rui Moreira. Se em 2014 o apoio se situava nos 220 mil euros, através de apoios logísticos e não de financiamento direto, atualmente esse valor é de “cerca de 180 mil euros“. Uma quantia “de valor comercial”, e não o valor real que custa à empresa municipal Porto Lazer. A ideia para o futuro é “baixar” esse valor.

“Até tenho vergonha de dizer isto, mas [o recinto do Porto] é bastante melhor do que o de Barcelona”

A NOS mostrou-se disponível para continuar a apoiar “o mais bonito festival do mundo”. E, em castelhano, o codiretor do festival que nasceu em Barcelona, em 2001, garantiu que o Porto vai continuar na rota da marca. “O Parque da Cidade do Porto é perfeito”, disse Alfonso Lanza. “Com os anfiteatros naturais e as condições de som… Até tenho vergonha de dizer isto mas é bastante melhor do que o de Barcelona.”,

Apesar de o Parc del Fòrum não estar nas condições desejadas pela organização, e de não haver em Barcelona outro espaço verde e urbano semelhante, Alfonso Lanza sublinhou que não tem intenções de sair da cidade onde nasceu o festival. E, por enquanto, não há ideias para expandir o modelo na Europa.

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Quanto a novidades no cartaz, há muitas conversações com bandas a decorrer atualmente, mas ainda nenhuma está fechada para o próximo ano. “Tudo o que posso dizer é que em 2018 há muitas bandas em digressão com o perfil do Primavera Sound.