Tal como prometido, a Volkswagen divulgou hoje uma série de informações relativas ao novo Polo, que assim entra na sexta geração. Habitualmente conservadora – com a quantidade de veículos que vende, não pode arriscar a surpreender negativamente os seus clientes mais fiéis, na ânsia de conquistar novos –, a marca germânica voltou a apostar na continuidade em termos de design, ou seja, uma evolução em vez de uma revolução. Ainda que, desta vez, o salto entre gerações seja mais evidente do que em ocasiões anteriores.
Está mesmo maior?
Seguindo a actual tendência, o utilitário alemão cresce em matéria de dimensões, face ao modelo de 2009, e de forma notável. Exibe mais 8,1 cm em comprimento, 6,9 cm em largura (sem contar com espelhos), sendo ainda assim mais baixo 0,7 cm, o que lhe confere um aspecto mais imponente, aproximando-o do que era a 4ª geração do Golf, comercializada entre 1997 e 2003.
Se é maior por fora, o Polo é-o ainda mais por dentro, fruto da distância entre eixos ter sido incrementada em 9,4 cm – além da já mencionada largura superior –, o que explica o maior espaço para as pernas de quem se senta atrás, bem como ao nível dos ombros. Os mais altos não foram esquecidos, com o novo Polo a fornecer uma altura maior em 1,5 cm para quem se senta à frente e 2,1 cm na retaguarda.
E, já que estava com a mão na massa, a Volkswagen vitaminou ainda o espaço para malas, com a bagageira a crescer quase 25%, saltando dos anteriores 280 litros para uns bem mais actuais 351.
E como é por fora?
O facto de ser mais comprido, largo e baixo, aliado a vias mais generosas à frente (6,2 cm) e atrás (4,9 cm), torna o Polo num veículo de aspecto mais dinâmico. Os pilares do tejadilho parecem mais inclinados do que anteriormente e há mais superfície vidrada, o que favorece a presença de luz no habitáculo.
Em termos estéticos, o novo modelo é mais atraente, tendo ido buscar elementos à geração anterior, mas surgindo com novidades, especialmente ao nível dos faróis – com nova assinatura luminosa – e da grelha, que apresenta um pequeno lábio superior na cor da carroçaria e desloca para a parte inferior a maior quantidade de entradas de ar.
Os painéis laterais assumem uma forma em cunha, reforçando a tal sensação de dinamismo de que falámos antes, e os guarda-lamas parecem agora capazes de alojar rodas de diâmetro superior, enquanto na zona posterior surgem uns farolins não muito grandes e deslocados para as extremidades da carroçaria, incrementando a sensação de largura da modelo. A versão R-Line adopta o que parecem ser duas ponteiras de escape estilizadas, que resultam muito apelativas, à semelhança do pequeno apêndice aerodinâmico na continuação do tejadilho, que mais uma vez cativará os amantes das versões mais desportivas.
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E por dentro?
No habitáculo, a Volkswagen decidiu ser mais ousada do que no exterior. Encontrou uma solução igualmente agradável à vista, mas fez questão de dotá-la com mais personalidade e, acima de tudo, possibilidades de personalização. O tablier apresenta uma linha mais clean, quase futurista, jogando bem com as cores, que parecem ser a da carroçaria, mas nada impedirá de se optar por outras, existindo a possibilidade de optar por uma de 14 diferentes cores para a carroçaria e 13 para o habitáculo. Isto além de 12 tipos de jantes em liga leve distintos e nada menos do que 11 soluções diferenciadas para o revestimento dos assentos.
O generoso ecrã central permite o acesso às funcionalidades mais modernas, das ajudas à condução ao infoentretenimento, passando por tudo o que respeite à conectividade, tendo o condutor à sua frente um painel de instrumentos digital, por onde passam uma série de informações, além de simplesmente a velocidade e as rotações do motor.
Está igualmente prevista uma versão Beats do Polo, a empresa especialista em áudio para automóveis criada por Dr. Dre, o mago do rap, que além de estar equipada com uma instalação de 300 Watts, apresenta o logo em diversos locais do habitáculo, como que a lembrar que, ali, a música é outra.
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E motores?
No lançamento, o Polo vai surgir com seis motores, sendo quatro a gasolina e os restantes dois a gasóleo. Entre os primeiros, a motorização mais acessível é o 1.0 de apenas 65 cv, sendo o mais possante o novo 1.5 de 150 cv, com desactivação de cilindros para reduzir o consumo e as emissões.
Se a preferência for para o diesel, o Polo propõe duas versões do 1.6 TDI, com 80 e 95 cv, versões que visam manter um ritmo de condução normal, mas com custos de utilização muito reduzidos, devido aos baixos consumos que certamente anunciará.
Os mais exigentes terão à disposição, e logo desde o início da comercialização, uma versão decididamente desportiva do Polo. Animada pelo mesmo motor do Golf GTI, o 2.0 TSI sobrealimentado debita aqui 200 cv (mais do que os anteriores 192 cv da 5ª geração), mas opta por uma cilindrada superior (2,0 em vez de 1,8 litros), certamente por razões de emissões.