O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse esta sexta-feira que as primeiras propostas avançadas pela primeira-ministra britânica, Theresa May, sobre os direitos dos cidadãos da UE residentes no Reino Unido são “insuficientes”.
“É um primeiro passo, mas ainda não é suficiente”, disse Juncker, à entrada para o segundo e último dia do Conselho Europeu.
May apresentou na quinta-feira aos parceiros da União Europeia (UE) as linhas gerais da sua proposta para defender os direitos dos cidadãos residentes no país, uma das grandes preocupações da equipa de negociadores.
Cidadãos europeus a viver no Reino Unido há cinco anos vão ter estatuto de residência
A primeira-ministra britânica reafirmou hoje que a proposta de Londres é “equitativa e séria”, apesar de ter apenas feito uma declaração geral perante os restantes líderes europeus.
O Conselho Europeu, como avisou o seu presidente, Donald Tusk, não é “um fórum para as negociações do Brexit”, estando estas nas mãos das equipas de negociadores, que se reuniram no passado dia 19 e voltam a sentar-se à mesa das negociações em julho.
O chefe do Governo austríaco, por seu lado, considerou haver cidadãos do seu país que ficam excluídos da proposta de Londres, adiantando que quer vê-los incluídos nas negociações.
May assumiu na quinta-feira o compromisso de não expulsar cidadãos da UE após o Brexit e a oferecer meios de estes regularizarem o seu estatuto.
Os direitos dos cidadãos da UE e do Reino Unido que vivem em cada um dos lados do Canal da Mancha, a fronteira entre Irlanda do Norte e Irlanda e o acordo financeiro do “divórcio” foram formalizados como prioridades das negociações.