Vão rareando os dias em que não é notícia a chegada ao mercado de um novo SUV. A regra voltou a confirmar-se, com a Seat a divulgar o Arona, a sua proposta deste género de dimensões mais contidas, que fará a sua estreia oficial em público em Setembro, no Salão de Frankfurt, para pouco depois iniciar a sua carreira comercial.

Desenvolvido e produzido exclusivamente em Martorell, e considerado essencial para o futuro do seu construtor, este é o terceiro novo modelo a lançar pela Seat em 2017 (depois do restyling do Leon e do novo Ibiza), e o segundo dos três SUV que a marca vai incluir na sua gama. Junta-se ao Ateca, e será seguido de uma proposta de maior porte, prevista para 2018, que representará a interpretação da casa espanhola de modelos como o Volkswagen Tiguan e, especialmente, o Skoda Kodiaq.

Assente na plataforma MQB A0, recentemente estreada pela quinta geração do Ibiza, o Arona mede 4,138 mm de comprimento, sendo 79 mm mais comprido e 99 mm alto do que o seu “primo direito” da classe dos utilitários. Atributo que, em conjunto com a suspensão elevada 15 mm, com os bancos montados em posição mais elevada (52 mm os dianteiros; 62 mm os traseiros) e com a colocação mais vertical do pára-brisas, assegura a Seat ser suficiente para garantir não só uma habitabilidade bem mais generosa, como uma maior facilidade para subir a bordo ou sair do veículo. E, claro, uma capacidade da bagageira muito mais convincente, com nada menos do que 400 litros.

Ambicionando conjugar as vantagens das dimensões compactas de um utilitário com os atributos de um crossover, que convidam a aventuras por traçados menos comuns, o Arona foi criado a pensar nos que anseiam por combinar emoção, distinção e funcionalidade. Visualmente, exibe linhas tipicamente Seat, inspiradas nas do Ateca, mas fazendo da personalização um trunfo decisivo: a carroçaria, por um lado, e o tejadilho e os pilares dianteiros, por outro, podem ser de cores diferentes (para estes últimos elementos são propostas as cores cinzenta, preta, laranja ou a da restante carroçaria), para um total de 68 combinações distintas. Atente-se, no pilar traseiro, no habitual “X” gravado em metal, sinónimo da vocação e do estilo crossover do Arona.

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Como é da praxe na Seat, o Arona contará com os níveis de equipamento Reference, Style, Xcellence e FR (este incluindo dois modos de amortecimento elegíveis pelo condutor e o selector de perfis de condução, que permite optar entre os modos Normal, Sport, Eco e Individual), mas também será proposto com um interior bicolor (em vermelho e branco), com iluminação ambiente por LED e controlo de climatização bizona com filtro hipoalergénico. Ao mesmo tempo, pode usufruir de todos os sistemas de assistência à condução e de infoentretenimento já conhecidos dos restantes modelos da marca.

No primeiro caso, merecem referência o alerta de colisão dianteira, o cruise control adaptativo (com função Stop&Go nas versões equipadas com caixa pilotada), o assistente aos arranques em subida e o de detecção de fadiga do condutor, os sensores de luz e de chuva, a travagem automática multicolisão, o acesso e arranque sem chave, a câmara de estacionamento traseira de alta definição, o carregamento sem fios por indução para smartphones com amplificador de sinal GSM, o sistema de monitorização do ângulo morto, o alerta de tráfego pela traseira, e o sistema de auxílio ao estacionamento (em paralelo e oblíquo).

Entre as principais soluções de conectividade encontram-se as ligações Apple Car Play, Android Auto e Mirror Link, sendo ainda digno de menção o opcional sistema de som BeatsAudio com seis altifalantes de alta fidelidade, amplificador de oito canais com 300 Watt de potência e um subwoofer instalado na bagageira.

Por fim, a gama de motores integralmente composta por unidades dotadas de injecção directa de combustível, turbocompressor e sistema start/stop. A oferta a gasolina inclui o três cilindros em alumínio 1.0 TSI, nas suas versões de 95 cv (combinada com uma caixa manual de cinco velocidades) e de 115 cv (disponível com caixa manual de seis velocidades ou pilotada DSG de dupla embraiagem e sete relações), bem como o novo quatro cilindros 1.5 TSI de 150 cv com sistema de desactivação de cilindros (disponível apenas com caixa manual de seis velocidades e nível de equipamento FR).

As opções a gasóleo consistem em duas variantes do conhecido 1.6 TDI, uma com 95 cv (conjugada com a caixa manual de cinco relações ou a DSG7), a outra com 115 cv (sempre associada à caixa manual de seis velocidades). Em meados de 2018, o Arona tornar-se no primeiro modelo do seu género a oferecer um motor alimentado a gás natural comprimido (CNG), no caso o 1.0 TSI de 90 cv, estando ainda disponível, mas apenas em determinados mercados, com o motor 1.6 MPI combinado com caixa manual ou automática.

Forte concorrência

Não obstante inserir-se num segmento (o dos SUV com dimensões próximas das de um utilitário) cujas vendas praticamente quadruplicaram em menos de dois anos, o novo Seat Arona terá de enfrentar uma concorrência cada vez mais forte para poder vingar no mercado. E são muito os rivais que o modelo espanhol terá de enfrentar, quer os que já estão em comercialização como os que se aprestam a ser lançados ao longo dos próximos meses. Conheça aqui os mais relevantes.

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