O líder das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o maior movimento rebelde do país, foi hospitalizado no domingo na sequência de um acidente vascular cerebral (AVC) e permanece nos cuidados intensivos.
Rodrigo Londono, mais conhecido pelo seu nome de guerra Timoshenko, deu entrada por si próprio num hospital da cidade de Villavicencio, na zona oriental da Colômbia, depois de sentir exaustão e dormência num braço, revelaram os médicos e oficiais das FARC, em conferência de imprensa.
Segundo os médicos, Rodrigo Londono permanece nos cuidados intensivos, mas está a recuperar bem daquilo que descreveram como um bloqueio temporário de sangue no cérebro. A hospitalização do líder das FARC surge dias após a Colômbia ter alcançado um marco importante no caminho para a paz, depois de o grupo armado ter entregado as últimas armas e ter declarado o fim da sua luta de meio século.
O passo histórico foi dado por Londono juntamente com o presidente Juan Manuel Santos num campo de desmobilização nas selvas orientais do país.
Apesar de ainda haver centenas de esconderijos das FARC cheios de armas e explosivos que estão a ser esvaziados, as Nações Unidas certificaram que todas as armas de fogo foram recolhidas, à exceção de um pequeno número necessário para manter a segurança dos campos que estão a ser desmantelados.
Este acordo de paz com as FARC colocou a Colômbia mais próximo de um virar de página no mais longo conflito da América Latina, que causou pelo menos 250 mil mortos e deixou 60 mil pessoas desaparecidas e mais de 7 milhões de deslocadas.