A Ladies Professional Golf Association (LPGA) está a ser alvo de várias críticas depois de ter introduzido um novo código de vestuário para golfistas femininas. Da lista de proibições, destaca-se os decotes muito acentuados, o uso de leggings e as saias muito curtas nos greens.

A partir desta segunda-feira a LPGA vai estar atenta à maneira como as jogadoras se vão vestir. De acordo com o e-mail enviado a 2 de julho a todas as golfistas, a lista do novo regulamento enumera vários tipos de vestuário que passam a não estar autorizados.

Começa por proibir os decotes muito acentuados e o uso de leggings (a não ser que estejam por baixo de calções ou saias). Já o comprimento da saia ou de calções deve ser longo o suficiente para não deixar ver nada mais íntimo por baixo dessa peça, esteja a atleta parada ou curvada (mesmo que tenha calções por baixo). O novo código exige ainda o uso de um traje adequado também em festas. Por fim, nem fato de treino, nem jeans (seja qual for a cor), nem calças tipo “joggers” são permitidas.

Qualquer transgressão ao novo código resulta numa multa de mil dólares (cerca de 871€) para a primeira infração. A multa duplica nas infrações seguintes. Heather Daly-Donofrio, responsável pela comunicação da LPGA, considera que “o código de vestuário dos jogadores requer que eles se apresentem de forma profissional para refletir uma imagem positiva para o jogo”.

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Embora normalmente avaliemos as nossas políticas no final do ano baseado na contribuição dos nossos jogadores, fizemos agora uns pequenos ajustamentos nesta política para levar à alteração de algumas tendências”, disse.

As reações de condenação não tardaram. A Teen Vogue acusou a associação de levar a cabo uma política de “vergonha”. A revista ainda disse que este código revela um “retrocesso” no panorama atual da modalidade.

Também Matt Blackley, ex-jogador europeu de jogadores masculinos, ficou perplexo com o novo regulamento e confessou no seu Twitter não ter a certeza de que este “código restrito vá ajudar ao apelo pela modalidade”.

Já Robert Lusetich, um conceituado especialista da modalidade, tweetou em tom irónico que o código deveria estar a ser escrito pela sua ex-professora da escola dominical.