Leopoldo López e Antonio Ledezma, duas das maiores figuras da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, foram novamente detidos pelos Serviços de Inteligência do país, numa altura em que se encontravam em prisão domiciliária e apenas um dia depois da eleição da Assembleia Constituinte.
https://observador.pt/videos/atualidade/venezuela-policia-em-chamas-e-14-mortes-no-dia-de-eleicoes/
A informação sobre o primeiro foi relatada pela mulher através da sua conta no Twitter, “Não sabemos onde está nem para onde o levaram. Maduro é o responsável se alguma coisa se passar”, escreveu.
#URGENTE se acaban de llevar a Leopoldo de la casa. No sabemos donde está ni a dónde lo llevan. Maduro es responsable si algo le pasa.
— Lilian Tintori (@liliantintori) August 1, 2017
#ATENCIÓN Se confirma detención de @alcaldeledezma por parte del SEBIN, se lo llevan de su casa informa @RichardBlancoOf
— Mª Salomé Guardione (@SaloGuardione) August 1, 2017
Coordenador nacional e fundador do partido Voluntad Popular, Leopoldo López, de 46 anos, tinha sido libertado há menos de um mês da prisão de Ramo Verde, onde tinha entrado em fevereiro de 2014 (esteve 90 dias sem poder ver os advogados e 32 isolado numa das torres da infraestrutura.) Ficou em prisão domiciliária, até hoje. Já estão inclusivamente a circular as imagens da detenção.
Este es el momento en que el Sebin se lleva a @leopoldolopez. Video:cortesía pic.twitter.com/Hg34PgiUAb @ricarospina @NTN24ve
— Nicolás Rincón (@NICOLASRINCON) August 1, 2017
@OAS_official Venezuelan opposition leaders Leopoldo Lopez and Antonio Ledezma Kidnapped 1am by dictatorship. HELP! pic.twitter.com/2UB2R4TY9k
— SOS VENEZUELA (@CANsupportsVZLA) August 1, 2017
Na altura da saída, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela explicou que a medida tinha sido tomada depois de ter recebido a informação de alegados problemas saúdes de López. “Foi uma medida humanitária”, advogou. No final de junho, o dirigente e antigo prefeito de Chacao, tinha acusado os guardas de tortura.
#URGENTE: Leopoldo grita desde Ramo Verde. Denuncio que a Leopoldo lo están torturando. Por favor RT/ LT pic.twitter.com/9A8PU4jz3Z
— Leopoldo López (@leopoldolopez) June 23, 2017
Também Antonio Ledezma, antigo prefeito de Caracas que tinha sido preso em março de 2015 por alegadamente ter participado na Operação Jericó, com objetivo de derrubar Nicolás Maduro, voltou também a ser detido.
Leopoldo López tinha estado particularmente ativo no último domingo, dia de eleição da Assembleia Constituinte, com uma série de tweets a apelar à intervenção internacional no país. “Alertamos a comunidade internacional para a repressão brutal e o assassinato de venezuelanos em protestos pacíficos contra a [Assembleia] Constituinte”, “Hoje ocorre a maior fraude da nossa história: ilegítima, inconstitucional, viciada em termos eleitorais e no meio de uma brutal repressão” e “O que se passa no nosso país resume-se assim: desolação nos centros de votação e mais um dia de repressão e assassinatos nas ruas”, foram algumas das mensagens deixadas.
Con absoluta convicción ratifico: Este pueblo no se somete!Con cada arremetida,la dictadura encontrará un pueblo más unido y más determinado
— Leopoldo López (@leopoldolopez) July 30, 2017
Também Ledezma tinha utilizado as redes sociais para denunciar aquilo que considera ser uma fraude eleitoral, considerando o poder de Nicolás Maduro como algo “ilegítimo”.
Inspirador y acertado @alcaldeledezma https://t.co/P8ukGwl55V
— Juan Carlos Sosa Azpúrua (@jcsosazpurua) August 1, 2017